Emater alerta para o \"apagão florestal\"

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Nos últimos anos a Emater-Paraná vem elaborando pesquisas com o objetivo de encontrar alternativas para o plantio de árvores. Segundo técnicos da empresa, a escassez de madeira no Estado já reflete na produção das agroindústrias (cooperativas) e empresas que dependem da madeira para a industrialização de produtos. De acordo com a avaliação, somente na região Oeste do Paraná o déficit na disponibilização de madeira representa em média 100 metros cúbicos por dia. O setor que mais necessita dessa matéria-prima é a avicultura, que hoje utiliza 270 metros cúbicos diariamente no abate de animais. Para driblar o problema da falta de madeira, denominado por alguns especialistas, “apagão florestal”, a Emater iniciou um trabalho de incentivo ao plantio de árvores (eucalipto e pinus) e está repassando mais informações no Show Rural Coopavel 2006.

Alternativa econômica - “Esse trabalho tem como visão o cultivo florestal, tornando mais uma alternativa econômica para os agricultores na sua propriedade”, informa o engenheiro agrônomo da Emater, Elcio Pavan. A aceitação ainda é pequena por parte dos proprietários de terras, por causa do tempo de desenvolvimento da árvore. A madeira do eucalipto e do pinus, por exemplo, leva em torno de seis anos para ser comercializada. Uma das alternativas sugeridas pela Emater é o sistema conhecido como agro-florestais, que associa lavouras como soja, milho ou ainda pastagem com o plantio de árvores. “Este modelo será o grande desafio para nós técnicos, já que as áreas para madeira são pequenas, pois a maioria das propriedades pertence à agricultura familiar”, acrescente Elcio. Outra saída para mobilizar os agricultores, segundo a Emater, será trabalhar com a bovinocultura de leite, que tem a pastagem como principal alimento do gado. Desta forma, utilizar o mesmo espaço para o plantio de árvores.

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