El Niño pode prejudicar agricultura no PR

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Segundo informações divulgadas pelo Instituto Tecnológico SIMEPAR (Sistema Meteorológico do Para-ná), as previsões climáticas para os próximos três meses são de que a partir de outubro o clima do Paraná deverá ser afetado pelo fenômeno El Niño, cujo principal efeito é um aumento na freqüência de chuvas intensas, vendavais e elevação brusca nas temperaturas. Segundo o SIMEPAR, o El Niño este ano come-çou a se consolidar a partir de junho e vigorará até abril de 2003. A intensidade desse fenômeno deverá ser de fraco a moderado.

Intensidade - De acordo com a pesquisadora Margorete Demarchi, do Deral - Departamento de Economia Rural do Paraná, os efeitos do El Niño foram intensos, no Estado do Paraná, nas safras de in-verno 96/97 e de verão 97/98. O volume excessivo de chuvas acabou provocando prejuízos de R$ 57,15 milhões na safra inverno, principalmente na cultura do trigo, cuja quebra na produção foi de 17%. Com relação à safra de verão 97/98, as culturas mais prejudicadas foram algodão, batata das águas, feijão das águas, fumo, milho normal e soja, que juntas acumularam prejuízos de R$ 179,54 milhões.

Chuvas e prejuízos - As chuvas que vêm atingindo o Paraná na semana passada já começaram a prejudicar a colheita dos cereais de inverno. No caso do trigo cerca de 45 % das lavouras estão nas fases de maturação e colheita, fases consideradas suscetíveis ao excesso de umidade. Há indicativos de quebra na produção e de perda na qualidade das lavouras de trigo devido às chuvas. Quanto à safra de verão 02/03, o volume de chuvas que vem ocorrendo já está começando a prejudicar o plantio. Nesta safra, fo-ram plantadas, até o momento, cerca de 50 % das lavouras de batata, 38 % de feijão e 11 % de milho. No ano passado, no mesmo período, as lavouras de batata águas, feijão e milho encontravam-se, respectiva-mente, com 72 %, 50 % e 20 % da área semeada. Portanto, já se configura um atraso no período normal de plantio dessas culturas. "Se a ocorrência do El Niño se confirmar poderá haver prejuízos no Paraná", avalia a pesquisadora. (Fonte: DERAL/PR)

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