ECONOMIA: PIB cresceu 7,89% em 2007 e pode expandir em 2008

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O PIB do agronegócio brasileiro cresceu 7,89% em 2007 segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP). Este desempenho se deve principalmente ao segmento primário, representado pelas atividades dentro da porteira das fazendas, que cresceu 12,18% no ano, acompanhado pelo segmento de insumos, cujo índice chegou a 12,99%. "A expectativa para 2008 é de que os resultados do PIB continuem positivos, mas com taxas menores de crescimento", afirma Ricardo Cotta Ferreira, superintendente técnico da CNA. Mas, segundo ele, "há expectativa de melhoria de renda para o produtor com um cenário de preços favorável".

Estimativa para 2008 - Apesar das turbulências iniciais provocadas pelos problemas no setor imobiliário nos Estados Unidos, que poderá afetar negativamente nos preços das commodities mundiais, as estimativas são otimistas para o setor neste ano. "Dificilmente haverá quedas significativas na demanda por produtos agropecuários nos EUA, China, Índia e Rússia", avalia Cotta. Segundo análise da CNA e Cepea, também predomina no mercado interno um cenário benigno para a economia brasileira, refletindo em aumento de demanda, apesar dos sinais de possível encarecimento dos alimentos e matérias-primas. "O agronegócio deverá continuar com um mercado firme aqui e lá fora", diz o superintendente técnico da CNA. Segundo ele, o crescimento do setor continuará em 2008, com perspectivas de melhores rentabilidades, mas as deficiências de infra-estrutura e as pressões dos custos persistirão, como no caso dos fertilizantes.

Indústria - O segmento de insumos agropecuários melhorou seu desempenho em dezembro, fechando o ano com crescimento de 12,99%. Os segmentos agroindustriais e de distribuição também cresceram 4,3% e 6,8%, respectivamente, em 2007, mas ficaram atrás do segmento primário. "O desempenho relativamente baixo da indústria se deve à queda no ramo açucareiro, cujos preços despencaram 35% entre 2006 e 2007", explica Ricardo Cotta. Mesmo assim, o desempenho das indústrias de processamento de grãos, café, abate de animais e etanol garantiu o crescimento de 4,3% da agroindústria. (Imprensa CNA)

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