Economia e agronegócio dominam debates

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Cerca de 100 profissionais que atuam nas áreas financeira, comercial e de mercado das cooperativas agropecuárias, estiveram reunidos nesta quarta-feira (16), em Cafelândia, no auditório da Copacol, participando do Fórum Financeiro e de Mercado promovido pelo Sistema Ocepar/Sescoop-Pr. Na parte da manhã o coordenador da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese falou sobre os novos instrumentos para financiamento do agronegócio.

Agilidade - Segundo Farnese, estes mecanismos, anunciados pelo ministro Roberto Rodrigues recentemente, darão uma maior agilidade e acesso a recursos. “São dois títulos novos que tem como garantia, valores recebíveis de empresas, documentos como duplicatas rural nota promissórias que servirão de garantia, como lastro. Um destes títulos é o LCA – Letra de Crédito Agronegócio destinado aos agentes financeiros públicos e privados e o segundo, exclusivo para cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exerçam atividade de comercialização, beneficiando ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária, que é o CDCA – Certificado de Direito Creditório do Agronegócio, distinção esta para que o governo possa saber quem está lançando o que no mercado e tudo com garantia”, ressaltou. Farnese afirma que se esta estratégia do governo conseguir “abocanhar” apenas 5% do volume de recursos circulantes no mercado financeiro, R$ 500 bilhões, serão cerca de R$ 25 bilhões de recursos a mais a disposição do agronegócio brasileiro.

Decisões - Outra mudança, segundo Farnese é com relação a dois instrumentos de financiamentos das cooperativas. “Estamos criando o contrato privado de opção, financiamento e apoio à comercialização. Neste caso, não é o governo o lançador destas cédulas e sim o mercado. O governo irá pagar um risco de prêmio para os interessados lançar o produto, um valor estimado em R$ 3,00 para que possa assumir o risco”, frisou.

Algodão - Farnese também adiantou de que foi anunciado também pelo governo, além da prorrogação das parcelas de custeio para o trigo, também para o algodão. “Está acertado de que o vencimento das parcelas até fevereiro para o algodão será prorrogado por mais 30 dias a partir de março”. Ele avaliou ainda como excelente a iniciativa das cooperativas paranaenses reunir os profissionais de diferentes áreas para tratar de assuntos comuns e de interesse do sistema cooperativista.

Palestras – Além de Farnese também realizaram palestras André Pessoa, diretor da Agroconsult sobre conjuntura de mercado e perspectivas de preços e comercialização de soja e milho e Alexandre Mendonça de Barros, da MB Consultoria que encerrou o evento abordando o tema: “Macroeconomia e o Agronegócio”.

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