Diminuem recursos para crédito rural
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Alternativas – Embora a queda de 20% das aplicações dos bancos privados em crédito rural ainda não tenha sido confirmada na prática, a retração é tida como certa no setor. Para ampliar a participação dos bancos privados, Victor Hugo Kamphorst, diretor de Agronegócios do ABN-Real, defende a utilização pelos agentes financeiros de recursos exclusivas de bancos federais como BNB e Basa e do Banco do Brasil deveriam ser estendidas aos outros bancos. "Poderíamos usar recursos da chamada poupança rural e dos fundos constitucionais, hoje exclusivos do BB", diz o executivo. Hoje a alternativa é "comprar" o dinheiro não repassado ao campo por alguns bancos. A carteira rural do ABN-Real, que encerrou 2002 em R$ 740 milhões, ante R$ 682 milhões em 2001, cresceu para os atuais R$ 800 milhões em razão dessa "compra" da ociosidade de exigibilidade.
BB aplicará R$ 13 bi - Por lei, o Banco do Brasil pode destinar 40% de suas captações em poupança ao crédito rural. Os privados têm de investir em crédito aos setores imobiliários e saneamento. Líder em crédito rural no país, o BB deverá aplicar R$ 13 bilhões no setor nesta safra. Já foram desembolsados R$ 12 bilhões até agora, conforme fonte do banco. Do total já aplicado, exigibilidade e poupança rural representaram cerca de três quartos. O restante é proveniente do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), agricultura familiar (Pronaf/Proger) e Funcafé - os dois primeiros exclusivos. Em avais de Cédula do Produto Rural (CPR), os desembolsos da instituição deverão chegar a R$ 800 milhões na safra.