DIA DO AGRICULTOR I: Referência em inovação e produtividade

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Agricultores capacitados e tecnificados, produção diversificada, cadeias produtivas estruturadas em associações e cooperativas, agroindustrialização e ampla participação nos mercados internacionais. Esse é o perfil do agronegócio paranaense, responsável por 35% do PIB do Estado, o equivalente a R$ 88 bilhões. Nos últimos anos, o produtor rural deixou de viver isolado e sem os mesmos benefícios dos moradores da área urbana. Com o tempo, as inovações tecnológicas, que antes eram vistas como principais fomentadoras do êxodo rural, passaram a garantir a qualidade de vida necessária para que os agricultores e suas famílias ampliassem a produção e a renda e ainda aproveitassem o tempo para buscar capacitação e momentos de lazer.

Números - No Paraná, 15,2 milhões de hectares são ocupados com estabelecimentos agropecuários, o que representa 79% da área total do Estado. Do total de 371 mil propriedades rurais, 87% possui área menor que 50 hectares. Cerca de 80% dos agricultores paranaenses são produtores familiares. São eles os principais encarregados pela alta produção agropecuária do Paraná, responsável por 20% da produção nacional de grãos. Para homenagear esses profissionais que impulsionam a economia nacional, hoje, dia 28 de julho, celebra-se o Dia do Agricultor.

Reflexos - O crescimento da produção paranaense é fruto do uso de modernas tecnologias, manejo conservacionista de solo e profissionalismo dos agricultores, o que resultou em ganhos significativos de produtividade. A produção de grãos passou de 16,1 milhões de toneladas na safra 2000/01 para 31,5 milhões na safra 2011/12.

Organização - Levantamento da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), aponta que o Paraná é o estado que possui as cadeias produtivas mais organizadas do País, seja por meio das cooperativas ou da articulação dos envolvidos. Como consequência, o Estado ampliou sua força agroindustrial e a renda dos agricultores. O Paraná vivencia uma mudança do perfil de produtor de commodities para o de produtos de maior valor agregado, como hortifrutigranjeiros e carnes.

Gerência de risco - O economista da Faep, Pedro Loyola, avalia como uma das principais mudanças no perfil do produtor a adoção de uma postura de gerência de risco da propriedade. Desde 2006, o agricultor paranaense é o que mais contrata seguro rural no País e o que mais aplica financiamentos com subsídio público. Entre julho de 2011 e janeiro de 2012, o Paraná aplicou R$ 1,75 milhões com recursos do BNDES, 23% do total aplicado no Brasil.

Qualidade - Segundo ele, o foco do produtor passou a ser o investimento em qualidade, principalmente no setor de carnes, onde o consumidor final é mais exigente. ''As questões de segurança alimentar e bem-estar animal já fazem parte do dia a dia do agricultor. Apesar dos avanços, ainda há muito para se fazer e o principal desafio está fora da porteira, com aspectos como comercialiação, armazenagem e utilização de instrumentos de proteção de preço'', argumenta.

Soluções - Seguindo a tendência de não se manter estagnado diante das mudanças, os agricultores paranaenses continuam demandando soluções aos órgãos públicos para os impasses que ainda interferem no avanço da produção. Na sondagem realizada pela Faep, entre os principais desafios apresentados estão: logística, sanidade, gestão de risco e seguro rural.

Investimentos - Loyola destaca que é preciso investir na estrutura de armazenagem, transporte e portos para reduzir o custo de produção e ampliar a competitividade do produtor. E reforça que a sanidade agropecuária também exige atenção especial por ser fator fundamental para a abertura de novos mercados e a gestão de risco aumenta a proteção do produtor contra efeitos do clima ou do mercado. (Folha Rural / Folha de Londrina)

Conteúdos Relacionados