DESENVOLVIMENTO: Agronegócio impulsiona economia no interior do PR

Dados divulgados na quarta-feira (19/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que os municípios que apostaram na agroindustrialização apresentaram crescimento no PIB em  2005. Nove municípios do Paraná estão entre os 100 primeiros com maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Destes, quatro (Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu), tem no agronegócio uma fonte importante de geração de riquezas. Nos demais (Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais e Paranaguá) o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços. A média de crescimento do PIB dos nove municípios paranaenses de 2005 em relação à 2002 é de 34%.

Destaque - No ranking dos Estados, o Paraná está em quinto lugar, com uma participação de 5,9% no PIB do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na composição do PIB brasileiro, o Paraná aparece com 9,76% de participação no setor agropecuário (o quarto do Brasil), 6,51% na indústria (quinto) e 5,52% em serviços (quarto).

Municípios - Na média per capita, os pequenos municípios paranaenses tiveram destaque. São os casos de Boa Esperança (R$ 21,2 mil per capita), Carambeí (R$ 33,4 mil), Japira (R$ 38,7 mil), Lobato (R$ 20,4 mil), Mangueirinha (R$ 31,7 mil), Palotina (R$ 20,2 mil), Paranaguá (R$ 27,4 mil) e São José dos Pinhais (R$ 26,9 mil). Os maiores municípios ficaram com uma média menor: Londrina (R$ 12,7 mil), Maringá (R$ 14,4 mil), Foz do Iguaçu (R$ 16,1 mil) e Curitiba (R$ 16,9 mil). Aliás, dos municípios brasileiros, Curitiba é a quarta com o maior PIB brasileiro (em 2002, era a sexta colocada).

Empregos - O interior também se destacou na geração de empregos. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a oferta de novas vagas de trabalho, nos 11 primeiros meses deste ano, foi mais forte no interior do Paraná do que na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O crescimento - de 9,32% ante um índice de 6,69% na RMC - foi puxado pela agropecuária que, neste ano, aliou a boa produção aos bons preços das commodities. No total, o saldo de empregos no Paraná cresceu 8,26% no período, com a abertura de 153.579 novas vagas. O saldo é a diferença entre o número de admissões e os desligamentos.

Bom resultado - No interior, o saldo foi de 103.482 empregos, o que representa 67,4% do total de postos de trabalho gerado no Estado. Segundo o economista Sandro Silva, do Dieese, os números representam o segundo melhor resultado na geração de empregos no Paraná desde 1992. O melhor desempenho, até agora, havia sido registrado em 2004, quando foram criados 153.965 postos de trabalho.

Projeções - Para 2008 a projeção do Dieese é que os números de crescimento do emprego sejam mantidos no Estado.  Entre os principais setores responsáveis pelo crescimento do emprego no Paraná, no último mês, está o comércio varejista, o de ''outros serviços'' (recursos humanos, segurança, limpeza) e o de hotéis e restaurantes. Em novembro também houve queda (saldo negativo) principalmente nos setores de transporte e comunicação, agricultura e construção civil. (Com informações Folha de Londrina e Agência Estadual de Noticias)