Deral avalia safra de verão

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O Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura avaliou que "o clima, de uma maneira geral, beneficiou a safra, desde a semeadura e durante todo o segundo semestre de 2003, época em que as principais lavouras encontravam-se na fase de desenvolvimento vegetativo". Apenas o feijão foi mais prejudicado pelas geadas e baixas temperaturas na região Centro Sul e Sudoeste, e ventos frios e estiagem na região Norte do Paraná, provocando redução da produção. A situação deixou de ser favorável em janeiro, para as lavouras de verão, quando as chuvas tornaram-se irregulares e em várias regiões ocorreram apenas chuvas de "manga", com sol forte e altas temperaturas durante o dia, provocando apreensão por parte dos produtores, especialmente de soja, milho e algodão. O relatório do Deral resume a seguinte situação:

  • A soja foi a cultura mais prejudicada, pois concentra, a partir de janeiro, a maior parte de suas lavouras na fase de floração. O déficit hídrico provocou abortamento das flores e aumento na incidência de lagartas e percevejos.
  • No caso do milho, foram mais afetadas as lavouras do Centro-Sul pois, no Oeste, Centro Oeste e Sudoeste do Estado, as lavouras de milho já haviam ultrapassado a fase mais crítica, quando as chuvas começaram a escassear.
  • Também as lavouras de feijão da seca e algodão foram afetadas pelas chuvas irregulares. No caso do algodão verifica-se aumento na incidência de pragas.
  • No último final de semana choveu na maior parte do estado. Porém, várias regiões ainda permanecem sem chuvas, principalmente as regiões de Toledo, Campo Mourão, parte da região de Cascavel, alguns municípios da Região Sudoeste, algumas localidades da Região Centro-Sul, principalmente União da Vitória e Guarapuava.
  • Em várias regiões do estado as precipitações foram excelentes e resolveram o déficit hídrico, principalmente no Norte, notadamente nas regiões de Cornélio Procópio e Londrina; nas regiões de Curitiba e Ponta Grossa, em vários municípios do Sudoeste e da região de Cascavel.

Perdas - O Deral ainda não está estimando perdas na produção de grãos do Paraná. Reconhece, porém, que em muitas lavouras de soja e milho "o potencial máximo" esperado pelos produtores não será atingido, e em outras a redução na produtividade é irreversível. Contudo a expectativa de produtividade das lavouras permanece dentro do intervalo estimado inicialmente, em todas as culturas, com exceção do feijão das águas, cuja colheita se aproxima do final. Porém, se não ocorrerem chuvas nos próximos dias, nas regiões Oeste e Centro-Oeste e nas demais localidades onde persiste a estiagem começarão a ser contabilizadas perdas, principalmente na soja. No caso do milho, se ocorrerem perdas, as mesmas serão mais localizadas e também o potencial máximo de produtividade de algumas lavouras do Centro-Sul estará comprometido.

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