Crise no campo afeta comércio de máquinas

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A perda de renda dos agricultores começa a espalhar com maior ímpeto pelo agronegócio. E um dos setores mais afetados é o de máquinas e equipamentos agrícolas, mostra a Anfavea. As vendas internas já registram queda há um ano. No mês passado, no entanto, a redução foi mais profunda, com apenas 2.048 unidades vendidas, 46% menos do que as do mesmo mês de 2004. O setor externo, que dava um pouco de fôlego às empresas, também pisou no freio. Em setembro, as exportações recuaram para 2.289 unidades, 17% abaixo do número de setembro de 2004. O recuo foi maior em colheitadeiras: 50%.

Reflexo na economia - Essa redução complica ainda mais o ritmo de produção, devido à importância que as exportações tinham adquirido neste ano. Nos nove primeiros meses de 2004, as vendas externas de tratores representavam 44% da produção. Neste ano, respondem por 56%. Mais dependente ainda do setor externo está a produção de colheitadeiras. De janeiro a setembro de 2004, as vendas externas somaram 43% do volume produzido. Neste ano, esse índice é de 78%. A participação do setor de máquinas nas receitas totais com as exportações da indústria automobilística recuou para 18% de janeiro a setembro deste ano, contra 21% do mesmo período de 2004. A perda de ritmo na vendas de máquinas se deve à queda de renda dos produtores em pelo menos R$ 16 bilhões neste ano. Essa perda, quando espalhada pelos demais setores que dependem do agronegócio, deixa de irrigar a economia em mais R$ 41 bilhões, segundo a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). (Folha de S. Paulo – SP)

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