CRISE ECONÔMICA VIII: Após interrupção, Bolsa continua a desabar dólar sobe

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Por volta das onze horas desta sexta-feira (10/10), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a funcionar depois de meia hora parada por queda de mais de 10%. O mercado reflete o pânico dos investidores com o alastramento da crise pelo mundo, gerado pelo pedido de falência de uma seguradora no Japão. O pregão havia sido interrompido às 10h35 desta sexta-feira após o Ibovespa atingir 10,19% de queda, aos 33.303,08 pontos. Foi ativado o mecanismo de "circuit breaker", que é a interrupção automática dos negócios quando a perda é superior a 10%. O pregão ficou parado meia hora, das 10h35 às 11h05.

Queda - Ao meio dia, o Ibovespa recuava 7,23%, a 34.400,77 pontos. Em direção oposta, o dólar comercial operava em forte alta. Por volta das 12h10, a moeda americana disparava 2,18%, cotada a R$ 2,251 na venda Mais cedo, a alta do dólar havia encostado em 5%. É o terceiro dia em menos de duas semanas que o sistema de parada automática da Bolsa é acionado. Num dos dias, a Bolsa parou duas vezes.  O pânico é puxado pelo mau desempenho das Bolsas asiáticas, que despencaram com a notícia de que a crise financeira iniciada nos Estados Unidos fez sua primeira vítima no setor financeiro do Japão - uma seguradora pediu falência. Outro fator que abalou os mercados foi a queda de ontem, de 7,33% no índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York.

Seguradora japonesa - A seguradora de capital fechado Yamato Life Insurance, do Japão, entrou com pedido de falência por causa da crise financeira, o que causou choque entre investidores, que pensavam que o setor financeiro asiático, em especial o japonês, estava relativamente estável, se comparado ao Europeu e ao norte-americano. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou o pregão em baixa de 9,62%, sua pior queda desde outubro de 1987. Na semana, a perda acumulada é de 24,33%. A queda desta sexta-feira é a terceira maior desde à criação do Nikkei, índice principal do mercado, em 1950, superando a perda de 9,38% registrada na quarta-feira. (Uol Economia)

Conteúdos Relacionados