Crédito Rural tem mais dinheiro
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Inadimplência baixa - Embora haja um componente de obrigatoriedade - o que não for emprestado é recolhido ao BC sem remuneração - os bancos estão animados com a demanda no crédito agrícola e com índices de inadimplência abaixo da média. A taxa é tabelada em 8,75% ao ano. Além da injeção de competitividade dada pelo câmbio a culturas voltadas à exportação, os preços de produtos voltados ao mercado interno também subiram. O Unibanco tem feito parcerias com grandes agroindústrias para escolher os menores riscos entre os produtores e está repassando recursos de alguns programas oficiais, como Funcafé e Recoop. O Bradesco, um dos maiores bancos em depósitos totais, concedeu no primeiro semestre do ano R$ 960 milhões na carteira de crédito rural, superando o total concedido ao longo de todo o ano passado.
Banco do Brasil - O Banco do Brasil, maior emprestador agrícola do país, terá para esta safra um aumento de 50% nos recursos disponíveis, de R$ 10,65 bilhões para R$ 15,5 bilhões. Neste ano, R$ 2,5 bilhões irão para a agroindústria e o restante a produtores. Depois de resolver os maiores problemas no crédito rural no ano passado, com a securitização de dívidas, o BB está pulverizando os empréstimos e a taxa de inadimplência está em torno de 1,5%, segundo o diretor de agronegócios do BB, Biramar Nunes. Entre julho e setembro, o banco concedeu R$ 6 bilhões. O banco, além da exigibilidade de R$ 4 bilhões em depósitos à vista - um crescimento de 20% neste ano - utiliza recursos da caderneta de poupança. O BB e outros bancos federais como o BNB e o Basa usam até 40% dos recursos da poupança para o crédito rural. Esse investimento também teve elevação de saldos depois da fuga de recursos dos fundos de investimentos. Segundo dados do BC, o saldo global pulou de R$ 120 bilhões em janeiro para R$ 136,9 bilhões em agosto. Nunes espera um baixo nível de inadimplência por conta da recuperação de preços de produtos como cana, açúcar, álcool, laranja, milho e algodão.(Fonte: Jornal Valor)