CRÉDITO: 70% dos produtores rurais não têm acesso a recursos

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A última renegociação das dívidas dos produtores rurais, no final de 2006, deixou 70% dos 400 mil clientes da agricultura empresarial do Banco do Brasil – que atingiram seu limite de crédito – sem condições de pleitear recursos para novos investimentos em suas propriedades. Com a renegociação, a instituição passou a dispor de apenas R$ 2 bilhões para máquinas e implementos. As restrições, no entanto, não ocorrem apenas para os clientes do Banco do Brasil, que responde por 58% dos créditos ao setor. Toda a rede bancária tende a negar crédito ao agronegócio, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Quando o produtor recorre a qualquer instituição para pedir financiamento, é levantada sua capacidade de adquirir novas dívidas, e isso independe do banco”, afirma Carlos Sperotto, presidente da Comissão Nacional de Endividamento da CNA.
 
Cooperativismo – O sistema cooperativista de crédito é apontado por lideranças da agricultura como a saída para os produtores para depender cada vez menos do sistema financeiro convencional. Desde que passou a contar com uma caderneta de poupança rural, no final de 2005, cooperativas como a Sicredi Maringá acumularam recursos que hoje são revertidos para o custeio das safras. Segundo o presidente da Sicredi Maringá, Wellington Ferreira, R$ 15 milhões foram financiados pela cooperativa de crédito entre produtores associados no início de 2007. No entanto, segundo ele, o potencial de crescimento da poupança rural – a fonte captadora – ainda é muito grande. “No futuro”, acredita Ferreira, “o cooperativismo de crédito é que vai suportar a demanda de recursos para o agronegócio”. (Gazeta Mercantil e Flamma)

 

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