Cooperativas ganharão programa para dobrar exportações

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O governo planeja dobrar o volume de exportações das cooperativas agrícolas, hoje em US$ 1,1 bilhão, ou 5% da produção, por meio de um programa a ser lançado no início de junho. A iniciativa foi anunciada domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o diretor do Departamento Nacional de Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, José Roberto Ricken, "é uma opção de desenvolvimento" do governo. "Nunca tivemos uma situação em que o presidente da República fala de cooperativismo em todos os lugares." A escolha do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, diz Ricken, faz parte do plano de incentivar o desenvolvimento das cooperativas no País, por causa de sua experiência na área, inclusive no âmbito internacional. "O ministro é o maior conhecedor do cooperativismo no Brasil."

Renda - Segundo estudos do ministério, a renda do produtor cresce em média 11% quando ele está organizado numa cooperativa. "O pequeno produtor não tem alternativa", diz Ricken, ressaltando que, no Brasil, só 7% da produção vem das cooperativas - em outros países, a proporção chega a 80%. Os detalhes do programa para o incentivo das cooperativas agrícolas, incluindo previsão de recursos financeiros, só serão conhecidos em junho, quando será feito o anúncio oficial. A vertente do programa ligada à área de crédito ainda está centralizada, sob sigilo, numa comissão responsável pelo assunto no Ministério da Fazenda. Ricken adianta que o trabalho para a organização e incentivo das cooperativas está baseado em três linhas. "A primeira é estabelecer diretrizes no governo para o cooperativismo." Em segundo, o governo estabelecerá um plano efetivo de ações para este ano e os próximos, com base em um mapeamento inédito das cooperativas no País. "Há muitas em situação irregular." A terceira linha é apoio às exportações das cooperativas. "Vamos buscar mercado. Temos de educar, fazer intercâmbios entre cooperativas do Mercosul, Europa e EUA. Existe um canal de distribuição de produtos que o Brasil ainda não soube aproveitar." (Folha de São Paulo)

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