CONVÊNIO GARANTE R$ 15 MILHÕES PARA AQÜICULTURA NO PR

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O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken participou na manhã desta terça-feira, no Palácio Iguaçu, representando o presidente da entidade, João Paulo Koslovski, da solenidade de assinatura de um convênio entre o Governo do Estado, Banco do Brasil e BNDES que disponibiliza R$ 15 milhões para o desenvolvimento do programa Paraná Aqüicultura. O programa prevê ações conjuntas para aplicação de crédito rural e execução da aqüicultura e sua industrialização. Além do governador Jaime Lerner e do superintendente regional do Banco do Brasil, Edemar Bombach, assinaram o convênio o delegado substituto do Ministério da Agricultura, Scylla Cezar Peixoto Filho, os secretários da Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Agricultura, representantes da Fiep, Sebrae, o presidente da Faep e o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Paraná Agroindustrial - O financiamento de incentivo à aqüicultura ? que está incluído no programa Paraná Agroindustrial - terá prazo de financiamento de 12 meses para custeio e cinco anos para investimento, com juros fixos de 8,75% ao ano e juro diferenciado de 4% ao ano para os pequenos produtores. O financiamento pode ser feito por pessoa física (individualmente ou em grupo) e pessoa jurídica (associações, cooperativas ou empresas agroindustriais). Segundo o superintendente regional do Banco do Brasil, Edemar Bombach, "a instituição já responde por 70% dos financiamentos em agronegócio do Paraná, Estado que apresenta nesta área o menor índice de inadimplência do país", disse. Este é o quarto convênio do Governo do Estado com o Banco do Brasil no setor agroindustrial. "Também temos convênios nos programas Fábrica do Agricultor, Paraná Pecuária e Nova Fronteira Agrícola, na região conhecida como Arenito Caiuá", acrescentou o executivo do banco.

Produtividade - O coordenador geral do Paraná Agroindustrial, José Roberto Borghetti, disse que os recursos podem alavancar um crescimento de até 25% na produção. "Com o investimento pretendemos aumentar o número de produtores e a produtividade, que gira em torno de 2,5 toneladas por hectare de lâmina de água", afirmou. "Deve haver também um incremento nas cinco indústrias processadores de pequeno porte do Paraná", afirmou o secretário estadual da Agricultura, Deni Schwartz.."Os projetos de financiamento serão analisados pelo Ministério da Agricultura e Emater antes da liberação dos recursos", explicou o delegado substituto do Ministério da Agricultura, Scylla Cezar Peixoto Filho.

Produção - O Paraná tem uma produção de 33 mil toneladas de animais aquáticos como peixes, camarões, rãs e escargôs. O Estado apresentou um crescimento de 122% na produção de peixes que passou de 7.700 toneladas em 1996 para 17.112 toneladas em 2000. A lâmina de água utilizada para a criação também cresceu 28% passando de 6.600 hectares em 1996 para 8.400 hectares em 2000. O Estado é atualmente o terceiro produtor de tilápias do país, que respondem por 57% do pescado do Estado. Além da tilápia, destacam-se a carpa comum, carpa capim carpa cabeça grande e o bagre.

Regiões produtoras - O Estado possui quatro pólos produtores: a Região Oeste, com destaque para Toledo e Cascavel, que respondem por 48% da produção; a Região Norte, com destaque para Cornélio Procópio, Santo Antônio da Platina e Londrina, que responde por 18%. O restante é produzido na Região Sudoeste, em Pato Branco e Francisco Beltrão, e a chamada região emergente, de Irati e União da Vitória. Cerca de 67% da produção estadual abastece os 685 pesque-pague existentes no Estado e alguns estabelecimentos de São Paulo; 20% vai para as indústrias e 14% é vendido de maneira direta em feiras livres. Nos pesque-pague, o setor gera 2.397 empregos diretos e cada três hectares de cultivo geram mais um emprego. "O Paraná apresentou um grande crescimento nesta área com a profissionalização do produtor. O desafio do setor agora é a adequação dos frigoríficos para o aproveitamento máximo da carne do peixe, resíduos ? para fabricação de rações - e óleos. Atualmente, os resíduos respondem por 20% do total da carne desperdiçado no país", analisou o diretor administrativo da Emater, Cézar Amin Pasqualin.

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