CONTAS PÚBLICAS: Dívida Pública Federal atinge R$ 5,845 trilhões em junho

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contas publicas 28 07 2022O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 5,845 trilhões em junho, uma alta, em termos nominais, de 2,51% (R$ 143,31 bilhões) em relação a maio (quando totalizou R$ 5,702 trilhões). A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 2,18%, passando de R$ 5,475 trilhões para R$ 5,595 trilhões, de maio para junho. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve aumento de 10,56% sobre o estoque apurado em maio e encerrou junho em R$ 250,17 bilhões (US$ 47,76 bilhões).

Relatório - As informações constam do Relatório Mensal da Dívida referente a junho, material produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta terça-feira (27/07) em entrevista coletiva com transmissão online. O detalhamento dos dados foi apresentado pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital.

Emissão líquida - A ampliação do estoque da DPMFi resultou da emissão líquida de R$ 67,33 bilhões e à apropriação positiva de juros no valor de R$ 52,09 bilhões. O estoque da DPFe, por sua vez, foi impulsionado por parcelas de R$ 212,9 bilhões (US$ 40,64 bilhões) referente à dívida mobiliária e de R$ 37,27 bilhões (US$ 7,12 bilhões) relativa à dívida contratual.

Emissões e resgates - Em junho, as emissões da DPF somaram R$ 71,34 bilhões e os resgates, R$ 4 bilhões. Nas emissões da DPMFi predominaram os títulos prefixados (R$ 29,87 bilhões). A emissão líquida da DPF em junho atingiu R$ 67,33 bilhões.

Composição do estoque - A composição do estoque da DPF teve aumento da participação de títulos prefixados, de 27,21% para 27,23%, resultado da emissão líquida de R$ 29,54 bilhões. Os títulos atrelados ao câmbio aumentaram sua participação no estoque da DPF para 4,53% em junho, em razão, principalmente, da desvalorização de 10,77% do dólar em relação ao real.

Instituições financeiras - As Instituições Financeiras lideram os principais detentores, com 30,1% de participação, seguidas dos Fundos (23,6%) e da Previdência (22,3%). Em junho, o estoque de Não Residentes foi ampliado em R$ 1,6 bilhão. O estoque de Instituições Financeiras aumentou em R$ 65 bilhões no mês.

Reserva de liquidez - O custo médio da DPF acumulado em 12 meses subiu de 9,86%, em maio, para 10,90% ao ano, em junho. Já o custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses aumentou de 10,58%, em maio, para 10,98% ao ano, em junho. O custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses, por sua vez, passou de -5,59%, em maio, para 8,72% ao ano, em junho. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 12,03% ao ano.

Aumento - A reserva de liquidez apresentou aumento, em termos nominais, de 10,23%, passando de R$ 1,108 trilhão, em maio, para R$ 1,221 trilhão, em junho. Em relação a junho de 2021, quando o montante foi de R$ 1,167 trilhão, houve crescimento, em termos nominais, de 4,66%. Está previsto para os próximos 12 meses o vencimento de R$ 1,326 trilhão da DPMFi.

Cobertura - A reserva de liquidez é suficiente para cobrir 9,75 meses de vencimentos à frente da DPF. Está acima, portanto, do nível prudencial, que é de três meses.

Tesouro Direto - As vendas do Tesouro Direto em junho atingiram R$ 3,67 bilhões e resgates, R$ 2,13 bilhões, resultando na emissão líquida de R$ 1,53 bilhão no mês. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (55,31%). O estoque atingiu R$ 94,07 bilhões, um aumento de 2,6% em relação a maio. Os títulos indexados à inflação representam 54,04% do estoque do Tesouro Direto.

Compras - Operações até R$ 5 mil responderam por 82,7% das compras. Junho registrou 539.295 novos investidores cadastrados, o que elevou o número total de participantes para 19,49 milhões, crescimento de 69,57% nos últimos 12 meses. No mês, houve aumento de 34.499 investidores ativos, que já totalizam 2 milhões (variação de 28,92% nos últimos 12 meses). (Ministério da Economia)

 

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