COMMODITIES AGRÍCOLAS: Turbulência afeta cotações agrícolas

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A forte turbulência no mercado financeiro durante a semana passada derrubou as cotações das principais commodities agrícolas. O produto mais afetado foi a soja, uma vez que a correção feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) em relação aos estoques do grão acusou um volume de 2,4 milhões de toneladas a mais do que o previsto. A sobra se refere à safra 2007, colhida um ano atrás. "Nada que altere a situação, que permanece bastante ajustada em relação à oferta e à procura", afirmou Flávio Roberto de França Júnior, da Safras & Mercado.

Justificativa - A queda dos preços da soja, de 9,2% na semana passada, foi a maior entre as principais commodities, o que se justifica pelo fato de ser o único produto, sobre o qual surgiu uma notícia negativa, disse França. O fato de os estoques de soja dos Estados Unidos terem aumentado de 70,2 milhões de toneladas para 72,8 milhões de toneladas não deverá alterar o equilíbrio do mercado. Outros produtos também sofreram pesadas quedas durante a semana passada, mas apenas por influência das turbulências do mercado financeiro. Não havia notícias que pudessem justificar a desvalorização nas bolsas internacionais.

Açúcar - O preço do açúcar recuou para seu nível mais baixo em mais de uma semana, à medida que o dólar aumentou frente ao euro, elevando os preços das commodities para os compradores que utilizam a moeda de 15 países, e diante da preocupação que a demanda possa regredir em meio à turbulência econômica. Na sexta-feira, a cotação para o contrato 11, com fechamento em março, fechou a 12,85 centavos de dólar por libra-peso. O recuo no período foi de 7,5%. "Existem rumores de que a demanda irá desacelerar", disse Charles Nedoss, gerente de contas sênior do Peak Trading Group em Chicago. "As commodities irão ser afetadas pelo dólar mais alto e pelo desaquecimento nas economias mundiais."

Café  - As cotações do café também m sofreu influência da turbulência financeira, embora os fundamentos apontem para o equilíbrio do mercado. Na sexta-feira, fechou a 126,75 centavos de dólar por libra-peso. (Gazeta Mercantil)

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