COLHEITA: Ainda é tempo de revisar a colheitadeira para evitar perdas em excesso

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A perda de grãos no período da colheita é um dos problemas da agricultura, que pode ser amenizada com a revisão e a regulagem da colheitadeira. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Joaquim Girardi, a revisão da máquina deve ser feita com antecedência, abrangendo todos os itens internos e externos (como jogo de facas, dedos, molinete, rolamentos, correias, estrutura de lata e outros). É preciso evitar que a mesma quebre durante a safra e atrapalhe a colheita. "A regulagem correta do equipamento também é indispensável", acrescenta Girardi.Segundo ele, velocidade de colheita, regulagem da ventilação, abertura entre o cilindro e côncavo, rotação do cilindro, ajuste da extensão do côncavo, ajuste da posição das cortinas retardadoras e limpeza das grelhas do saca-palha são alguns dos principais itens a serem regulados.

Desperdício - Quando se fala em perda de soja, a média brasileira ainda é considerada alta: 110 quilos por hectare. Nesse aspecto os agricultores paranaenses estão bem à frente de outros Estados, perdendo quase a metade do resto do País: 58 quilos por hectare, em média. Na região de Maringá esses números são ainda menores: cerca de 45 quilos por hectare.

Concurso - Com o objetivo de conscientizar os produtores a fazerem uma correta manutenção e a regulagem das colheitadeiras, reduzindo o desperdício, a Emater, juntamente com vários parceiros, entre eles a Cocamar, realiza anualmente o concurso regional de redução de perdas na colheita. No ano passado participaram do concurso 183 operadores de 14 municípios da região de Maringá. A perda média foi a menor já registrada: 30,42 quilos por hectare. Entre os trinta primeiros colocados a perda foi de apenas 10,72 quilos por hectare. A área monitorada pelos organizadores do concurso foi de 53 mil hectares, o que, segundo a Emater/PR, evitou o desperdício de 16.800 sacas de soja, representando uma economia de mais de R$ 500 mil.

Campeão - O vencedor do concurso em 2007 foi Décio Andreassa, de Água Boa, distrito de Paiçandu, que perdeu apenas 4,07 quilos de soja por hectare. Capricho no corte, bem como a baixa rotação do molinete e do caracol também ajudam a reduzir os desperdícios. "Deixar a máquina revisada e regulada é fundamental", diz ele, recomendando não colher a soja quando muito seca. Proprietário de uma New Holland 8040, ano 90, o agricultor diz que a barra de corte e os dedos das facas são os principais itens a serem revisados. "Uma medida importante que tomei foi trocar os dedos do caracol por rosca sem fim. Isso evita a quebra de vagens e grãos", lembra. Além de campeão no quesito diminuição de perdas, Andreassa teve também, por outro lado, uma das melhores médias de produtividade da região na safra passada. Em 86 alqueires, ele colheu a média de 145 sacas de soja. (Cocamar)

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