COCAMAR II: Lourenço destaca integração no arenito durante o Santa Brígida Open Farm

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Em sua participação no Santa Brígida Open Farm, o Encontro Internacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que começou na quarta-feira (09/06) e foi finalizado na quinta-feira (10/06) em formato virtual, o presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, fez um histórico do trabalho que vem sendo realizado há mais de duas décadas pela cooperativa para fomentar o sistema de integração nas regiões onde atua.

Produzir e preservar - Ao lado de Gustavo Lunardi, diretor da SLC Agrícola, e de Guillermo Carvajal, da Sustentabilidade da Syngenta, Lourenço discorreu sobre o assunto no painel "ILPF: Produzir e Preservar é Possível" que teve como mediador o presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann.

Respaldo técnico - Segundo ele, o desafio de plantar grãos no arenito caiuá (faixa de solo arenoso que compreende grande parte do noroeste do Paraná) contou com o respaldo técnico de instituições de pesquisa, em meados da década de 1990. “Quando falávamos nisso, muita gente questionava, argumentando que culturas temporárias de grãos não eram adequadas para o arenito”, comentou.

Exigências - Hoje, são mais de 200 mil hectares com formatos integrados na região. Lourenço assinalou que a cooperativa impõe algumas exigências para os interessados, como a adoção de todas as tecnologias recomendadas pela cooperativa, como forma de minimizar riscos e potencializar resultados.

Faturamento - Números apresentados pelo presidente dão conta que as culturas de grãos (soja e milho) garantem atualmente um faturamento bruto anual de R$ 11 mil/hectare em média/ano, ao passo que a pecuária mantida em pastos degradados, de baixo retorno econômico, não obtém mais que R$ 1,100 mil /ano, dez vezes menos. “Houve um esgotamento da fertilidade do solo devido ao modelo extrativista”, explicou.

Potencial - Ele citou que no arenito há, ainda, ao menos 1,8 milhão de hectares com potencial para serem explorados com integração. “O noroeste paranaense é a região mais pobre do estado e a integração mostra que é possível gerar riquezas com a sinergia entre agricultura, pecuária e floresta.” Para ele, um dos obstáculos é a resistência dos pecuaristas detentores de terras, cenário que começa a mudar com a rentabilidade oferecida pelos grãos e também o assédio de arrendatários, que procuram terras para expandir seus cultivos.

Paolinelli - Na quinta-feira o principal destaque foi a participação do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, indicado este ano para o Prêmio Nobel da Paz.

A Rede - A realização é da Associação Rede ILPF, formada por Cocamar, Bradesco, Syngenta, Embrapa, Ceptis, Sementes Soesp e John Deere. (Imprensa Cocamar)

Conteúdos Relacionados