COCAMAR II: Jovens cada vez mais presentes nas decisões da atividade rural

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Fernando, 31 anos, e Luis Felipe, 23. Os primos representam a terceira geração de uma família de produtores de Cambé (PR) cujo sobrenome varia de uma ramificação para outra, “por obra dos cartorários, que escreveram errado”, avisa o primeiro.

Mesmo sangue - Não importam as diferenças de grafia. Os Peruzi, Peruzzi, Perucci, Perrucci e Perussi têm o mesmo sangue e representam um grupo familiar que há décadas se destaca pela qualidade do seu trabalho, transmitido de pai para filho.

O início- No passado, os avós chegaram ao Paraná em busca de oportunidades como porcenteiros de café, trabalhando com enxadas, e foi com muita dedicação que eles formaram um patrimônio, conta Fernando.

Crescimento - Seu pai, José Donizete Peruzi, e os irmãos deste - Antonio Luis Perrucci (pai de Luis Felipe) e Valmir Rogério Perrucci -, não só deram sequência à atividade, apostando na mecanização, como se tornaram referência na produção de grãos. Com isso, conseguiram ampliar as áreas e investiram também em aviários para diversificar os negócios.

Áreas - Hoje, entre terras próprias e arrendadas, eles cultivam 641 hectares espalhados pelos municípios de Cambé, Arapongas e Londrina, onde as lavouras de soja e milho são conduzidas com agricultura de precisão.

Desde pequenos - Fernando e Luís Felipe começaram juntos em 2016 a participar das decisões. Ambos estão, desde pequenos, habituados ao ambiente rural, onde foram aprendendo a lidar com maquinários, a conhecer o dia a dia da vida no campo e os detalhes de um trabalho sujeito às oscilações do clima.

Maquinário - “A experiência dos mais velhos é fundamental”, diz Luis Felipe. Ele destaca que sua paixão é a operação das máquinas, cada vez mais sofisticadas, se encarregando também da revisão e manutenção. A família possui um parque de máquinas conectado, composto por duas colheitadeiras, três tratores e duas plantadeiras, todas da marca John Deere, além de um pulverizador e uma calcareadeira. “De cinco anos para cá, mudou toda a tecnologia nessa área”, observa.

Modernidade - O problema ainda é a internet, que dificulta em parte a conectividade dos maquinários, mas os dois primos se entusiasmam ao falar, por exemplo, do atendimento remoto prestado pela concessionária Cocamar Máquinas, o que agiliza a solução de eventuais dificuldades, além de trazer economia de tempo e dinheiro.

Investir - Fernando e Luís Felipe são de uma família que tem a cultura do investimento, mas sempre com pé no chão, na busca por garantir o maior retorno possível. “Todos conversamos muito antes de tomar uma decisão, mas meu pai e meus tios nos deram carta branca”, conta Fernando. “É tanta confiança que muitas vezes eu fico preocupado com tamanha responsabilidade”, afirma. Foi atribuída a ele a tarefa de pesquisar preços, fechar a compra dos insumos e efetivar a comercialização das safras.

Cuidando do solo - A família também tem a cultura de investir na qualidade do solo, fazendo coletas todos os anos, que são destinadas para análise, o que orienta na reposição de nutrientes. Além disso, os resíduos dos aviários são usados para fertilizar e repor matéria orgânica no solo e, há anos, durante o período de inverno, foi adotado o consórcio milho e braquiária em todas as áreas cultivadas.

Braquiária - Segundo eles, esse consórcio que é incentivado desde 2008 de forma pioneira pela Cocamar, faz toda a diferença: com seu enraizamento profundo a braquiária rompe a camada de compactação, abre canais que facilitam a infiltração de água e entre outros benefícios, produz a cobertura de palha que vai inibir o aparecimento de ervas, reter umidade e favorecer o desenvolvimento da soja no verão.

Boas médias- E quando se fala em produtividade, a família se destaca na região. “Ficamos sempre acima de 170 sacas por alqueire, mas em 2019 colhemos a média de 182 sacas”, comenta Fernando. Na equivalência em hectare são, respectivamente, 70,2 e 75,2 sacas. Para se ter uma ideia, a média geral entre os produtores da Cocamar é de 53,7 sacas/hectare.

Troca de ideias - Por fim, utilizando o aplicativo de mensagem, Fernando e Luís Felipe participam de vários grupos de produtores, por meio dos quais trocam experiências com outros jovens que, a exemplo deles, estão também se inserindo no processo de sucessão familiar.

Só começando - “Tem muita gente jovem na agricultura”, afirma Luís Felipe; “a impressão é que o Brasil, já uma grande potência do agro, está ainda só começando”, finaliza Fernando.

O campo é o futuro - Para o engenheiro agrônomo Vitor Palaro, coordenador de Agricultura Digital da Cocamar, “a trajetória dos dois jovens de Cambé demonstra o quanto as modernas tecnologias são importantes para incentivar que as novas gerações façam do campo o seu futuro”. (Imprensa Cocamar)

 

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