COCAMAR II: Encontro de Produtoras Rurais reúne 500 participantes

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A agricultora Cleuza Raimundo Duarte teve um dia diferente na quinta-feira (21/06). Ela acordou às 5h30 e, pouco depois, ainda antes dos primeiros raios de sol, embarcava em um ônibus em companhia de mais produtoras. O veículo saiu de São Sebastião da Amoreira, norte do Estado, para uma viagem de 200 quilômetros até Maringá. Casada com o cooperado Valdecir Santos Duarte e mãe de quatro filhos, Cleuza estava entre as cerca de 500 participantes do Encontro de Produtoras Rurais organizado pela Cocamar. “Meu marido incentivou que eu viesse”, disse.

Noroeste - Do outro lado do mapa, no extremo noroeste do Estado, fica Altônia. Foi de lá que saiu outro grupo de mulheres, entre as quais Rosângela Gil. Elas encararam a estrada, um trajeto de 300 quilômetros, para a programação que começou no início da manhã e levou quase um dia inteiro. Em pauta, conhecimentos sobre a cooperativa e também oportunidades para aprimorar os negócios. Segundo Rosângela, a mulher está cada vez mais ativa na gestão da propriedade. “Com o envolvimento de toda a família, se pondera mais nas decisões e se diminuem os riscos de erros”, afirma. Segundo ela, o marido Delcir também incentiva sua participação em eventos realizados da cooperativa: “A gente só tem a crescer”.

Integração lavoura pecuária - Um dos temas deste ano foi integração lavoura, pecuária e floresta, assunto priorizado pela Cocamar, que vem sendo difundido intensivamente em encontros técnicos, palestras e dias de campo. As produtoras ouviram do especialista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sérgio Alves, que a agropecuária evoluiu muito nas últimas décadas e o potencial para continuar se desenvolvendo é grande. “Dá para tornar a propriedade mais produtiva e rentável, é só querer”, afirmou Alves, brincando: “os maridos acham que mandam, mas são as esposas que decidem”.

Conselho de Administração - Integrante do Conselho de Administração da Cocamar, a agricultora Olga Agulhon, que comanda duas propriedades, onde produz soja e milho, comentou que as mulheres têm muito a contribuir, ao lado de seus maridos, para o aperfeiçoamento da atividade rural: “Aprendemos muito com eles, mas também já temos o que transmitir”.

Núcleo feminino - Cooperada há cinco anos, a viúva Neuza Petita, de Floresta, perto de Maringá, diz saber o que é administrar uma propriedade de 30 alqueires, onde cultiva grãos. Para isso, conta com o filho Fernando, seu braço direito. “Sempre fui uma pessoa tímida, mas participar da cooperativa me ajudou bastante”, afirma. Neuza integra o núcleo feminino de sua cidade, um dos 25 mantidos pela Cocamar, onde congrega mais de 600 participantes.  Geni Prieto Reginato e Tânia Rocha Bossoni, por exemplo, fazem parte do núcleo de Paiçandu, também na vizinhança de Maringá, onde suas famílias se dedicam ao cultivo de grãos.

Valdite, a miss - O dia foi muito diferente, mesmo, para quase três dezenas de produtoras. Desta vez, em lugar de caminharem por suas propriedades, o desafio foi enfrentar uma passarela sob os olhares de todos e o crivo de uma equipe de jurados. Era a eleição Miss Núcleo Feminino, o primeiro realizado, vencido por Valdite Natalina Ayala, de 57 anos, moradora de Santa Cecília do Pavão, norte do Estado. Esposa do produtor José Ayala, com quem tem o filho Sandro, Valdite, avó duas vezes, disse nunca ter pensado em desfilar numa passarela, coisa que só via em televisão: “Estou super emocionada”. Entre os critérios do júri, contaram a simpatia e a desenvoltura. 

Princesa - Neide Martini Festi também teve motivo para retornar contente à sua cidade, Rolândia, perto de Londrina: foi eleita a Princesa. Ao lado do marido Edir, produtor de grãos, ela disse que estava levando embora “um pouco mais de conhecimento para conversar sobre os negócios da família e com uma visão ainda mais ampla da cooperativa”. (Imprensa Cocamar)

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