COAMO: Plantio direto e a conservação do solo

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Anualmente, no dia 15 de abril comemora-se o Dia Nacional da Conservação de Solos. A data foi lembrada pelo engenheiro agrônomo e diretor-secretário da Coamo, Ricardo Accioly Calderari, que fez um comparativo entre as técnicas utilizadas antes e depois do plantio direto. "O plantio era todo feito de forma convencional usando grades home e niveladora. A cada chuva que caía a gente ficava preocupado e perguntando: onde estará a minha terra amanhã cedo, na beira do rio ou dentro do rio? Era uma situação difícil, pois quando chovia perdíamos adubo e matéria orgânica, a terra era lavada", relata o agricultor, engenheiro agrônomo e diretor-secretário da Coamo, Ricardo Accioly Calderari.

Plantio direto - Mas alguma coisa precisava ser feita e a conscientização junto aos agricultores fez com que a solução fosse encontrada e uma vez implantada, resolveria todos os problemas de conservação de solos. "A solução das lavouras foi a prática do plantio direto, que a partir de 1973 revolucionou a agricultura da região de Campo Mourão - uma das primeiras do país a aderir ao sistema, depois de Rolândia em 1972 -, adaptamos algumas máquinas e resolvemos os nossos problemas", relata Calderari, que ao lado dos agricultores Joaquim Peres Montans, Henrique Gustavo Salonski, Gabriel Borsato e Antonio Álvaro Massaretto, foram pioneiros na adoção dessa tecnologia que veio para ficar e beneficiou ao longo das últimas décadas milhares de produtores em todo o país.

Microbacia do Rio do Campo - Com o plantio direto e a atuação da Coamo e de seus cooperados, juntamente com várias entidades, surgiu a Microbacia Hidrográfica do Rio do Campo, que foi o primeiro projeto instalado no Brasil e um dos primeiros do mundo para o manejo de solos e água. O projeto devolveu qualidade ao ambiente produtivo rural e à água do Rio do Campo, que abastece a cidade de Campo Mourão.

Plano Nacional - A preocupação com a qualidade da água, preservação do solo e a mata ciliar, foram determinantes para que Campo Mourão sediasse em setembro de 1976, o lançamento do Plano Nacional de Conservação de Solos - PNCS- na Praça do Fórum. O evento teve repercussão nacional contando com as presenças do ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, do governador do Paraná Jaime Canet Júnior e autoridades.

Comemoração - Para o engenheiro agrônomo e diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, a conscientização e conservação de solos merece ser comemorada pelos produtores, principalmente em Campo Mourão, que é uma referência para o país. "Os resultados da prática do plantio direto iniciada na região de Campo Mourão no início dos anos 70 são comemorados pelos pioneiros e pelos jovens agricultores safra após safra com a colheita de uma excelente produção e uma conscientização que resulta na conservação e na preservação do meio ambiente rural", afirma.

O cuidado com a mãe terra - Segundo os pioneiros do plantio direto na região de Campo Mourão, o principal legado a ser deixado para os agricultores mais novos é a conscientização e o cuidado com a "mãe terra". "O segredo sempre foi fazer um plantio com muita palhada, não só no verão, mas também no inverno. O ideal é não mexer na terra, não subsolar, não gradear a terra, porque a ´mãe terra´ levou milhões de anos para formar a sua estrutura", assegura Calderari. "A palhada dá mais matéria orgânica e resulta em mais produção e mais alimento para o Brasil, que é um ótimo exemplo para o mundo em conservação do meio ambiente produtivo." (Imprensa Coamo)

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