COAMO: Integração Lavoura-Pecuária: cooperativa é destaque na DBO Rural

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Com o título "Poderosa união", a revista DBO Rural deste mês está destacando o trabalho das cooperativas que investem na integração agricultura-pecuária para melhorar rentabilidade e produzir carne de qualidade. E a Coamo é destaque através de entrevista do engenheiro agrônomo Joaquim Mariano da Costa, chefe da fazenda experimental.

Confira abaixo a matéria da DBO Rural:

Inundar o Paraná de carne. Essa é a imagem que o engenheiro agrônomo Joaquim Mariano da Costa, chefe da fazenda experimental da Coamo Agroindustrial Cooperativa, em Campo Mourão, faz quando pensa no potencial que a integração agricultura-pecuária pode proporcionar, se estendida a todo o Estado. Só no âmbito da cooperativa são 600 mil hectares que, no inverno, são plantados com trigo ou outras culturas da época. Em vez do trigo, ele está recomendando aos cooperados que plantem aveia ou azevém – ou os dois juntos – e coloquem bois em cima. A prova de que isso dá certo está nos dois hectares da fazenda, que suportam quase 10 UAs por hectare no verão e pouco menos do que isso no inverno. Além de mostrar que o investimento dos agricultores para ter também pecuária em suas áreas se paga em apenas três anos, o retorno econômico dessa dobradinha supera em muito o uso puro e simples de uma cultura de verão, como a soja ou o milho, seguida do plantio de aveia ou azevém com o exclusivo propósito de ter cobertura morta para plantio direto da safra seguinte. O também agrônomo Sérgio José Alves, pesquisador do Iapar e mentor do sistema, mostra em simulação que essa diferença pode ser de até o dobro, se os preços não estiverem favoráveis para os grãos

Outras cooperativas - Além da Coamo, outras cooperativas estão aderindo ao processo, como é o caso da Agroindustrial Bom Jesus, da Lapa, próxima a Curitiba, que tem planos para atingir de 200 a 300 produtores nos próximos anos. Atualmente são 42, que contam com a facilidade de ter o gado entregue pago pela própria cooperativa, que depois recebe do frigorífico. A meta de curto prazo é criar nichos de mercado na capital paranaense, entregando carne de novilho precoce de qualidade. Também no âmbito das já estabelecidas alianças mercadológicas do Paraná – que entregam carne no varejo e que agora almejam outros Estados e também o mercado externo – a integração agricultura-pecuária é vista como motor de arranque para acelerar a produção de animais de qualidade. Luiz Fernando Brondani e Rubens Ernesto Niederheitmann, da Emater, apostam que a técnica irá alavancar a produção de carne do Estado, 10º colocado no ranking brasileiro, em termos de rebanho. Sérgio Alves, do Iapar, diz que o princípio do que está sendo aplicado no Paraná pode ser usado em outras regiões do País. Bom para os produtores e bom para a pecuária nacional. 

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