COAGRO, REFORMULADA E COM AS CONTAS EM DIA
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Depois de passar por uma situação quase irreversível em setembro de 1999, a Cooperativa Agropecuária Capanema (Coagro) inicia o ano com as contas saneadas e se prepara para realizar novos investimentos. Entre os principais estão o entreposto para Santo Antonio do Sudoeste e uma fábrica de rações em Planalto. O presidente da cooperativa, Sebaldo Waclawovsky confessa que a sua grande especialidade é reduzir custos e neste campo o que era possível fazer, já foi feito. ?O jeito agora é aumentar o faturamento e, para isso, já neste início de ano serão contratados mais seis técnicos agrícolas para incrementar as vendas de insumos. Não havendo nenhum contratempo, e contando com a confiança dos associados, é possível, em mais dois anos, voltar aos R$ 50 milhões de faturamento, sem que haja grande aumento em nossos custos?, afirma Sebaldo.
Passado superado ? Em 1999, a diferença entre ativo e passivo circulante passava de R$ 6 milhões de reais, num faturamento de R$ 50 milhões/ano, com as despesas financeiras chegando a R$ 3 milhões, ou seja, 6 % do faturamento. Diante de todos estes problemas, assumiu uma nova diretoria, liderada pelo o ex-presidente Sebaldo Waclawovsky, que durante sete anos atuou como diretor da central cooperativa Cotriguaçu. Como não havia interesse de incorporação da Coagro por nenhuma outra cooperativa da região, deu-se início a uma verdadeira reengenharia, tendo sido vendidos ativos pelo valor de R$ 4,5 milhões, dentre eles os importantes entrepostos de Realeza e Santa Izabel D? Oeste. Outras providências também foram tomadas: o quadro de pessoal foi reduzido de 275 para 125 funcionários; os dois financiamentos de quotas partes no valor de 4,9 milhões no Banco do Brasil foram transformados em Pesa (Plano de Saneamento de Ativos Financeiros); renegociadas e alongadas dívidas junto aos fornecedores; retenção do capital social aos sócios demitidos até 2.003 vinculada à receita do ano anterior; dentre outras providências.
Confiança reconquistada - Em meio a uma grande turbulência, a Coagro enfrentou os desafios e aos poucos foi reconquistando a confiança dos cooperados e fornecedores. Em 2.000 realizou os principais ajustes, encerrando o ano de 2001 com um faturamento de R$ 40 milhões e com as despesas gerais reduzidas à metade em relação aos dois últimos anos (1999/2000). O ativo circulante está maior que o passivo circulante, operando com capital de giro próprio e o balanço apresentou saldo positivo no exercício. Também no ano 2001 a Coagro readquiriu uma das unidades vendidas, o entreposto de Pranchita, situado em uma região agrícola importante. A redução dos encargos no Pesa, medida adotada pelo Governo Federal em outubro último, também foi muito importante para a Coagro, representando uma economia aproximada de R$ 200 mil/ano, informa Sebaldo Waclawovsky .
Economia de guerra - Foram dois anos de muito trabalho, onde a palavra de ordem sempre foi ?não gastar!?. O presidente da Coagro, Sebaldo Waclawovsky, lembra que tudo isto se deve a confiança que os cooperados depositaram na atual diretoria como também as cooperativas co-irmãs que nos momentos mais difíceis não se furtaram de dar o seu apoio, citando como exemplo a Coopavel, fornecedora de fertilizantes que abriu limites permitindo um pouco de fôlego à Coagro e outras como, a Sudcoop, Cotrefal, Camisc e outras, que deram seu apoio, cada uma à sua maneira. Com a Sudcoop foi efetuada uma parceria na industrialização e comercialização do leite, atividade que nos últimos dois anos aumentou em 100% por cento, saltando de 10 milhões para 20 milhões de litros/ano.