CBN AGRO: Camila Telles fala sobre o Futuro do Agro, no Sistema Ocepar
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O auditório do Sistema Ocepar foi palco, na segunda-feira (27/11), para a palestra da produtora rural e influencer gaúcha, Camila Telles, sobre o “Futuro do Agro: o que muitos vivem e poucos conhecem”. Esta palestra faz parte do ciclo CBN Agro, promovido pelas rádios CBN de Curitiba e Londrina, que percorre várias cidades paranaenses.
Maringá - Na próxima sexta-feira (01/12), Camila participa como palestrante do Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, que acontece Paraná Expo Maringá. “Lá em Maringá minha abordagem será bem diferente desta palestra que fiz aqui no Sistema Ocepar. Hoje foi uma conversa mais voltada para o público urbano, que precisa conhecer melhor sobre a importância do setor para a vida das pessoas”, esclareceu.
Relevância - O evento foi aberto pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que destacou da importância de que pessoas jovens, como a Camila, possam levar a verdade sobre a relevância que o agronegócio tem para a sociedade, seja na produção de alimentos de forma sustentável, na geração de empregos e desenvolvimento para o país. O setor é hoje um dos principais responsáveis pelo superávit da nossa balança comercial, além de colocar diariamente comida na mesa dos brasileiros. Todos dependemos do agro. Se conhecer vai respeitar. Não existe futuro sem o agro”, frisou o dirigente.
Quem é - Entre as 100 mulheres poderosas do agro pela revista Forbes, até 2019 foi assessora de comunicação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Camila é muito ativa nas redes sociais, soma mais de 1 milhão de visualizações em seus vídeos combatendo inverdades sobre o agronegócio nas redes sociais, atingindo também o público que não tem convívio com o setor. Formada em Relações Públicas pela PUCRS e em Marketing Estratégico pela ESPM e, unindo sua facilidade em comunicar e sua vivência no campo, se tornou a defensora do agronegócio brasileiro. Com especialização em Marketing Estratégico, é CEO da FarmCom, agência de comunicação direcionada para o Agro, e Sócia Fundadora da Hortaria, que leva verduras e legumes frescos da fazenda da família direto para a casa de seus consumidores.
Comunicação - Segundo Camila, para que seja revertida esta imagem distorcida que parte da sociedade tem em relação ao agro, “é preciso investir em comunicação. A informação de qualidade deve ser privilegiada. Estamos acostumados a nos informar só em redes sociais. Precisamos filtrar”. Para a palestrante, o grande dilema é mostrar, especialmente para fora “que o Brasil não é só Amazônia como muitos pensam. Nós temos muitos biomas e que convivem com todos os brasileiros de forma harmônica. Bioma da caatinga, cerrado, pantanal, mata atlântica, pampa. Existe sim o crime das queimadas na Amazônia, mas não são produtores que fazem. Os verdadeiros criminosos precisam ser punidos exemplarmente para que não paguemos por conta de poucos”.
Defensores - Ela lembrou que o setor sempre contou com importantes porta-vozes do agronegócio dentro e foram do Brasil. Citou os ex-ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues e Alysson Paolinelli, “referências na defesa do agro brasileiro como muitos.
Paraná - “O Paraná é agro: a grande vocação do Paraná é produzir alimento para o Brasil e para o mundo em quantidade, variedade e qualidade. Para a capital consumir, o interior precisa produzir. Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul. Estas nove cidades paranaenses estão na dianteira da agropecuária do Brasil, liderando, em 2022, a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo. Mesmo que não pareça o agro está em todo lugar, inclusive nas capitais”, lembrou.
Juventude - “O óbvio precisa ser dito. Nossa missão como jovens é unir a cidade e o campo. Precisamos conhecer melhor este país e seu atributos. Temos jovens e professores que acreditam em mitos. Muitos afirmam que são contra o agronegócio e comem produtos oriundos do campo três ou mais vezes por dia. O agro precisa ser visto como um negócio é hi tech”.
Cooperativismo - Camila é cooperada da Cootripal, de Panambi, no Rio Grande do Sul. “A cooperativa viabilizou minha atividade e do meu pai. As cooperativas têm um papel essencial em contribuir para que o setor seja mais respeitado, afinal, são responsáveis pela atividade de milhões de agricultores no Brasil e são as maiores exportadoras de alimentos para o mundo. Setor que reúne pequenos para torná-los grandes. A qualidade a gente já tem, a sustentabilidade também. O agro é parte da solução e não é parte do problema. A palavra é união”, completou.