CARTILHA: Raio X da política de seguro rural 2020 no Brasil

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seguro rural 03 03 2021O Departamento da Gestão de Riscos da Secretaria de Políticas Agrícola do Ministério da Agricultura acaba de divulgar uma cartilha detalhando todas as ações realizadas em 2020. Para se ter ideia, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) apresentou resultados recordes. O número de produtores atendidos ultrapassou os 100 mil no ano, 84% a mais que 2019 e 44% a mais que o recorde anterior. Já o orçamento destinado para o PSR em 2020, R$ 881 milhões, foi mais que o dobro do ano anterior.

Apresentação - Na apresentação do material, os técnicos lembram que a atividade agropecuária se desenvolve num ambiente de elevado risco e significativa incerteza, seja na produção, devido a instabilidades climáticas e ameaças sanitárias, seja por razões de mercado, em virtude, por exemplo, de variações das taxas de câmbio e juros, seja por conta de condições ligadas ao ambiente de negócios propriamente dito, tais como alterações em marcos regulatórios e em políticas públicas. Todas essas variáveis, intrínsecas aos mercados agropecuários, geram oscilações na renda do setor, que em diversos países são enfrentadas por meio de políticas de apoio à gestão de riscos. Uma adequada gestão de riscos pode afetar positivamente a estabilidade da renda do produtor e sua própria permanência na atividade.

Gestão - “O gerenciamento de riscos agropecuários pode ocorrer de diversas maneiras, sendo a contratação de seguro uma das formas mais usuais. O seguro rural é um importante mecanismo de mitigação de riscos e proteção da renda, que atua no sentido de amenizar as perdas e possibilitar a recuperação da capacidade financeira do produtor quando da ocorrência de eventos causadores de sinistros”, ressaltam os especialistas do Mapa.

Seguro rural - “Do ponto de vista dos efeitos agregados, o seguro rural propicia um ambiente favorável ao desenvolvimento dos negócios agrícolas, na medida em que proporciona a garantia do fluxo de renda, favorece a expansão da área plantada e facilita a oferta de financiamento, sendo ainda um instrumento eficaz para o compartilhamento do risco da agropecuária com outros agentes e setores econômicos. Ressalte-se, no entanto, que a experiência internacional tem demonstrado que o mercado de seguro rural não se consolida sem a participação do Estado”, afirmam ainda.

Mercado - “A literatura especializada cita problemas oriundos dos elevados investimentos e custos administrativos, da possibilidade de risco catastrófico e da assimetria de informações, com forte influência do risco moral e da seleção adversa na formação das carteiras, como fatores que limitam a eficiência da iniciativa privada na oferta de produtos. Dessa forma, o poder público é demandado a interferir no mercado, seja atuando diretamente como seguradora, seja criando programas que estimulem a oferta e a demanda por produtos de seguro”, acrescentam.

Clique aqui e confira na íntegra o conteúdo da cartilha

 

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