CANDIDATO FALA SOBRE COOPERATIVAS DE CRÉDITO E ALCA

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Em entrevista que concedeu ao programa Bom Dia Brasil, o candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu seu ponto de vista sobre a Alca e o cooperativismo de crédito. Interrogado sobre a Alca, afirmou que deseja "igualdade de condições. Se é verdade que os Estados Unidos detêm mais de 70% do PIB do continente, se é verdade que eles têm a hegemonia tecnológica, tem que ser verdade também que a gente precisa preparar a nossa economia para fazer essa competitividade. Nós estamos propondo para nós um modelo de integração mais adequado, seguindo a União Européia", frisou o candidato, concluindo que deseja que o Brasil entre no acordo de livre comércio e que "possa proteger a nossa indústria e nossa agricultura porque os Estados Unidos já fizeram isso. Os 15 principais produtos que nós exportamos para os Estados Unidos, eles nos metem uma tarifa de 46,5%. Dos 15 produtos que importamos dele, nós cobramos 13,5%. Então, o Brasil precisa se respeitar. O Brasil tem que sentar na mesa em igualdade de condições com os Estados Unidos".

Cooperativismo de crédito - Interrogado sobre recentes declarações sobre o período de desenvolvimento do Brasil durante o regime militar, Lula respondeu que reafirmava isso e reconhecia que "o Brasil teve três momentos em que ele foi pensado de longo prazo e planejado estrategicamente: foi no governo Getúlio, Juscelino Kubitschek e foi nos militares. Qual é o defeito? O defeito é que hoje o Brasil é pensado apenas de mandato em mandato, e como é de quatro anos, não dá para as pessoas ficarem e executar a política. Por isso, que por falta de planejamento de longo prazo, você começa uma obra, entra o outro e aquela já não é mais prioridade, pára e vai fazer outra, e por aí vai".Mais adiante destacou que seu desejo era dar uma lição de moral à muita gente que já governou esse país. Vocês todos os dias discutem economia. Por que no Brasil a gente não pensa assim, o que não fazemos uma experiência de cooperativa de crédito nesse país? Nos Estados Unidos há 10 mil cooperativas de crédito e movimentam anualmente US$480 bilhões. Nós precisamos induzir a sociedade brasileira a acreditar num micro-crédito, você pode fazer cooperativa aos milhares, como na Espanha, Alemanha... Se o cidadão precisa de R$ 3 mil emprestado, ele não tem que gastar R$500 abrindo uma conta no banco. Ele vai à cooperativa e pega o dinheiro. Nós vamos incentivar a questão do fundo de pensões, tentar fazer com que as categorias criem fundos de pensões. Se nós somos uma sociedade de economia capitalista, nós precisamos de capital", concluiu.

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