CÂMBIO: Dólar se aproxima de R$ 2,30 e Bovespa despenca acompanhando NY

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A segunda-feira começou com grande nervosismo no mercado financeiro brasileiro, o qual acompanha o mau humor em Nova York. Às 11h17, o dólar comercial avançava 3,61%, vendido a R$ 2,29, e a Bovespa caía 3,61%, para 36.368 pontos. O risco Brasil disparava 6,06%, para 280 pontos, indicando uma vigorosa venda dos títulos brasileiros. Analistas começam a prever um período de desaquecimento da economia mundial. O temor de aceleração da inflação nos EUA e aumento do juro --que está atualmente em 5% ao ano-- faz com que os investidores abandonem aplicações em ativos de maior risco, como ações, para se refugiar, por exemplo, nos treasuries (títulos do tesouro norte-americano), cujos rendimentos caem para 5%. Esse movimento atinge com mais força os mercados emergentes, como o brasileiro.

Relatório - "Tanto os ativos financeiros quanto as commodities têm registrado sucessivos recordes históricos. Isso porque os investidores globais apostaram pesadamente nesses mercados, após a queda brusca da taxa de juros nas economias industrializadas", diz a Austin Rating em relatório distribuído hoje. "Acreditamos que não será nenhum novo crash como foi na Ásia em 1997, na Rússia em 1998 e no Brasil em 1999 (desvalorização). [...] A expectativa é que tudo se desenrolará ao longo do tempo, com alguns ajustes fortes, mas sem traumas." A Bolsa de Nova York tem queda, bem como a Nasdaq e as principais européias. Os preços do petróleo no exterior recuavam para o menor valor em um mês e semana, na casa dos US$ 67. O mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), na qual se elevou os juros em 0,25 ponto percentual. O documento sai no próximo dia 31, e até lá a cautela deve continuar dando o tom. O dólar paralelo avançava 3,86%, para R$ 2,42, e o turismo tinha alta de 3,05%, a R$ 2,36. (Folha de S.Paulo)  

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