CADEIA PRODUTIVA DISCUTE O PLANTIO DO MILHO

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Lideranças da Cadeia Produtiva do Milho reuniram-se ontem (09/07) com o ministro Pratini de Moraes, em Brasília, para discutir alternativas de estímulo ao plantio. Segundo o engenheiro agrônomo Nelson Costa, que participou do encontro como representante da Ocepar, um das principais preocupações é que diante dos atuais preços da soja, o milho perde competitividade. O preço da soja para o produtor no Centro-Oeste já chega a R$ 30,00 a saca, enquanto o preço do milho na mesma região gira em torno de R$ 13,50 a saca. Diante desse quadro, segundo o ministro Pratini de Moraes, dificilmente o produtor irá plantar. Dentre as opções avaliadas, está o lançamento de contratos de opção com preços competitivos ao da soja, próximo a R$ 14,00 a saca. A ampliação do limite de financiamento por hectare e por produtor foi outra alternativa discutida.

Reunião em São Paulo ? Amanhã (11/07), às 14h30, a Secretária de Política Agrícola promoverá reunião com o setor industrial de aves, suínos, leite e moagem, juntamente com os representantes do setor produtivo, para discutir as medidas propostas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Ocepar também estará presente nessa reunião.

Medidas a serem tomadas - O ministro Pratini de Moraes pretende anunciar ainda amanhã o lançamento de contrato de opção de venda de milho para as regiões produtoras, com volume, preço de exercício e datas dos leilões. A medida foi acertada ontem e deverá ser referendada na reunião de amanhã. O objetivo é melhorar o preço ao produtor e evitar a redução da área plantada do cereal no país. Para a Região Sul onde se concentram o maior de pequenos e médios produtores e os principais consumidores, a intenção é se desenvolver uma ação mais concentrada (RS e SC e PR), através de programas de financiamento atrelados a apoio tecnológico, para aumentar a produtividade.

Parcerias - Segundo Pratini de Moraes, a idéia é realizar uma parceria entre o governo, a indústria de aves, suínos e ração para evitar a migração do produtor de milho para a soja, que está com o preço mais competitivo. Com a sinalização do governo de fixar preço de referência antecipado, o produtor de milho poderá manter sua lavoura e a indústria consumidora não dependerá do produto importado. A intenção também é a de estimular a indústria a fazer a compra antecipada por meio de CPR (Cédula de Produto Rural), com juros de 8,75% ao ano, adiantou o ministro.

Campanha - Além de lançar contrato de opção para garantir preço e abastecimento de milho, o Ministério da Agricultura, por meio da Embrapa, iniciará uma campanha de disseminação massiva de tecnologia junto a pequenos e médios produtores. De acordo com o chefe geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Bahia, existem 3 milhões de hectares na região Centro-Sul do país com produtividade abaixo de 3 toneladas por hectare. ?Com a divulgação das tecnologias disponíveis, conseguiremos uma produtividade adicional de 600 mil toneladas já na próxima safra de verão?, afirmou.

Limite de crédito - Durante a reunião, os produtores também solicitaram aumento de limite do crédito de custeio por hectare. Hoje, as instituições financeiras que operam com crédito rural financiou com base no orçamento do produtor, porém, limitou o financiamento de um percentual do orçamento

Conteúdos Relacionados