C.VALE I: Cooperativa recebe prêmio e Lang cobra medidas do governo

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Pela 16ª vez consecutiva, a C.Vale conquistou o prêmio A Granja como destaque nacional em produção de trigo. O troféu foi entregue, no dia 31 de agosto, em Esteio (RS), durante a Expointer. A escolha é promovida pela revista gaúcha, especializada em agronegócio, através de votação de seus leitores. O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recebeu o troféu e, a pedido de Hugo Hoffmann, diretor da Editora Centaurus, que publica A Granja, discursou em nome dos 25 homenageados. Para Lang, o agronegócio brasileiro é um dos mais competitivos do mundo, mas precisa de mais atenção do governo federal para enfrentar problemas conjunturais e estruturais. A taxa cambial é uma das principais responsáveis pelas dificuldades que o setor vem enfrentando nos últimos dois anos, disse. “O setor primário e as indústrias investiram com o dólar alto e entregaram a produção com a moeda norte-americana cotada a valores menores”, afirmou o dirigente, explicando que esse fator reduziu a rentabilidade e a competitividade do agronegócio. Em conseqüência, “muitas indústrias exportadoras fecharam as portas ou cortaram postos de trabalho”.

Peso dos tributos - O representante da C.Vale defendeu, ainda, a redução da carga tributária que, atualmente, corresponde a quase 38% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a da Argentina é de 21% e a dos Estados Unidos, 10%. Lang também citou que a melhoria de estradas, portos e ferrovias e a permissão para que as cooperativas captem recursos externos para financiar a produção poderiam reduzir os custos do agronegócio. Presente ao evento, o ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, ouviu o presidente da C.Vale criticar a tentativa do governo de revisar os índices de produtividade do setor agropecuário. Lang também se manifestou contrariamente à lei que criou as chamadas “zonas de amortecimento”, proibindo o cultivo de transgênicos num raio de 10 quilômetros de parques e reservas ambientais. “Isso retira a tranqüilidade, afugenta investimentos e atrapalha o crescimento da produção de alimentos.”

Potencial de liderança - Alfredo Lang comentou que, apesar das dificuldades, o agronegócio brasileiro se tornou respeitado em todo o mundo porque produtores e empresários diversificaram atividades, elevaram os níveis de produtividade e reduziram custos. E pediu que o governo faça sua parte, colocando em prática mecanismos para amenizar prejuízos climáticos, ajustando a taxa cambial e aliviando a carga tributária. O dirigente disse acreditar que o Brasil pode liderar a produção mundial de alimentos e biocombustíveis. “O Brasil tem potencial natural e humano para liderar uma nova revolução produtiva e tecnológica”, assegurou. E completou: “Temos o dever e o compromisso de seguir esse caminho e deixar como herança um país economicamente mais desenvolvido e socialmente mais justo”. (Imprensa C.Vale)

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