BANCO CENTRAL: Atividade econômica está estável, aponta índice do BC

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Depois de 16 meses de elevação, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou estabilidade entre os meses de abril e maio, ficando em 139,55, em termos dessazonalizados. No acumulado do ano, o indicador subiu 10,29%, enquanto em 12 meses o avanço foi de 5,05%.

PIB mais forte - De acordo com o estrategista-chefe do Banco WestLB, Roberto Padovani, o IBC-Br tem sugerido um PIB mais forte do que o observado de fato, mas define a trajetória, que é de desaceleração. Em março, o índice havia apresentado expansão de 11,11% sobre o mesmo mês do ano anterior. O passo caiu para 10,83% em abril, fechando maio em 9,39%.

Moderado - Para ele um patamar mais moderado de expansão implica que o crescimento do PIB pode convergir para o potencial, algo entre 4,5% e 5%, e isso é fundamental para calibrar a política monetária. Ele acredita ainda que os dados recentes podem levar a um aperto menor da Selic neste ano. O Relatório de Inflação aponta que para a inflação convergir para a meta em 2011 são necessários 325 pontos de alta, com a taxa básica chegando em 12% em dezembro.

Ciclo - Padovani acredita, no entanto, que o ciclo pode ser menor tanto pelos dados econômicos e de inflação, quanto pelas expectativas mais bem comportadas. Os novos dados, quando rodados no modelo do BC, poderiam indicar um patamar menor de juros. Por conta disso, ele acredita em apenas mais uma alta de 0,75 ponto na reunião da próxima semana, fechando o ano com juros em 11% ao ano.

Decisões prévias - Perguntado sobre o indicador, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (14/07), em Brasília, que "como habitualmente", o BC não faz comentários sobre dados específicos na semana anterior ao Copom. Ele afirmou, no entanto, que "o BC não toma decisões previamente" e que os 45 dias de intervalo entre os encontros servem justamente para que "a autoridade monetária tenha acesso a um volume suficiente de informações para embasar as suas decisões nas reuniões". "É exatamente por isso que o BC não toma decisões previamente. O BC acumula informações nesses 45 dias e toma as decisões baseado no conjunto de informações disponíveis naquela oportunidade", disse. Ele prosseguiu afirmando que as "informações são sistematicamente incorporadas ao modelo de projeção do Copom, que levará tudo isso em conta". (Valor Econômico)

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