Avicultura é tema do segundo dia da Semana de Sanidade Animal
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O segundo dia da Semana de Sanidade Animal, realizada pelo Sistema Ocepar, com apoio do Sistema Faep, teve, na manhã desta quarta-feira (02/10), o painel sobre Avicultura. A programação foi aberta com as boas-vindas do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que informou o número de 400 inscritos no total da programação semanal. “O grande número de participações demonstra o quanto esse tema é importante. Sabemos que todo o mundo está de olho nessa questão e, sem sanidade, não há mercado e não há renda. Precisamos produzir em condições ideais”, frisou.
A abertura da programação do dia foi feita por Valter Pitol, presidente da Cooperativa Copacol, com sede em Cafelândia, no oeste do Paraná, pioneira na produção de aves no Estado. “A sanidade é importantíssima para viabilizar a produção animal com garantia e segurança. Realizamos um trabalho muito intenso de prevenção, o que tem contribuído para que não tenhamos problemas mais sérios com essas doenças. Mas, temos que nos preparar para qualquer eventualidade”, observou.
Pitol lembrou que a Copacol iniciou na atividade em 1982 e que a avicultura está presente em pequenas e médias propriedades da região, gerando rentabilidade e qualidade de vida para os produtores e suas famílias, bem como para toda a sociedade porque promove emprego, renda, impostos e benefícios. Ele informou que o Paraná lidera a produção e exportação de frangos no Brasil e que 70% da produção vem das cooperativas do Estado.
O presidente da Copacol enfatizou que a produção animal é resultado de genética, produção, manejo e sanidade, o que dá condições de ser competitiva no mercado interno e internacional. “Qualquer problema nesses pontos pode determinar o sucesso ou o fracasso da atividade. Por isso, o conhecimento é muito importante. Temos que ter estrutura para fazer o trabalho de sanidade. Acreditamos no trabalho preventivo e investimos em biosseguridade. É um trabalho constante que demanda uma integração entre governo, entidades do setor produtivo e produtores para garantir a defesa sanitária e termos condições de participar do mercado com segurança”.
Influenza e New Castle
Em seguida, o médico veterinário e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, apresentou a palestra técnica “Influenza e Newcastle no mundo e perspectivas futuras”. Ele destacou que investir em prevenção é mais barato e menos traumático do que enfrentar as consequências das doenças. Para o pesquisador, a biosseguridade deve ser prioridade. “Além do fator segurança, há a questão do desempenho e do ganho econômico”, pontuou, acrescentando que a possibilidade de diagnósticos precoces gera menos danos ao plantel. Ainda sobre o trabalho preventivo, Caron falou sobre a importância do controle de pragas, combate a roedores, troca constante de roupas e calçados pelos funcionários que atuam nas granjas e instalação de pedilúvios.
O pesquisador apresentou um panorama sobre a situação da incidência das doenças pelo mundo, informando que são provocadas por vírus que passam de um continente a outro principalmente pelas aves migratórias. As doenças atingem galinhas, perus, codornas, patos, gansos, bem como aves de estimação, silvestres e selvagens. Sobre a situação de controle dessas doenças na avicultura brasileira, o pesquisador disse que, em grande parte, se deve à competência dos serviços de defesa sanitária dos estados, bem como na atuação das cooperativas e empresas com estruturas adequadas e investimentos em biosseguridade.
Programação
A programação da Semana de Sanidade, que teve início na tarde de terça-feira (01/10), segue na tarde desta quarta-feira (02/10) com painel sobre suinocultura. Nesta quinta-feira (03/10) acontece o painel sobre bovinocultura (manhã) e piscicultura (tarde). O evento é online e tem tido a participação de lideranças, produtores, dirigentes e profissionais de cooperativas e técnicos do serviço de defesa sanitária animal de todo o Brasil.