AVALIAÇÃO: Dólar mais caro acelera negócios com a soja

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Apesar da ligeira alta de 0,2% no preço da soja em Chicago, a alta de 1,5% do dólar desencadeou vendas de soja nas principais praças produtoras de grão.Os preços em Chicago, a US$ 13 a saca no contrato para agosto, é considerado elevado se comparado à média histórica, de US$ 10. O resultado é que, apesar do avanço da comercialização nos últimos dias, que atingiu 53% da safra, o ritmo está aquém dos 60% apurados em igual período do ano passado, ou dos 62% registrados nos últimos cinco anos, informa Renato Sayeg, da Tetras Corretora. Mesmo receosos de estarem tomando decisão precipitada, muitos produtores decidiram liquidar suas posições. O câmbio apenas reflete a turbulência do mercado financeiro internacional que pode não se sustentar a médio prazo", acrescentou.Flávio França Júnior, da Safras & Mercado, também acredita que não há justificativa para a recuperação dos preços. Tampouco para a atual reativação dos negócios no mercado interno. Ao contrário, segundo acredita, uma vez que os chamados fundamentos do mercado são nitidamente baixistas. "Se o produtor decidir vender sua safra, não tenho dúvida de que estará agindo corretamente". França Júnior lembra que há outros fatores que podem estar levando os produtores a vender os estoques, como o vencimento de algumas dívidas, como a do custeio agrícola e demais compromissos pessoais, que os produtores costumam programar o pagamento para meados do ano. Entre os fundamentos de mercado baixistas citados por França Júnior, está o aumento da área plantada de soja em 7% nos Estados Unidos e o fato de o clima estar favorável ao plantio das lavouras naquele país. Dias aponta também para o clima de insegurança na economia mundial em relação ao desempenho da economia mundial, o que leva muitos investidores a trocarem títulos financeiros por ativos reais, provocando significativa alta nas cotações das commodities.  (Gazeta Mercantil)

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