ARMAZENAGEM II: BRDE e Seab criam programa de ampliação da capacidade armazenadora

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Segundo a Conab, o Paraná possui atualmente uma capacidade armazenadora de 25,5 milhões de toneladas, o que é a melhor estrutura existente no país, para uma produção de grãos estimada em 30 milhões de toneladas na safra 2009/2010. Ocorre que 20% desta capacidade é utilizada para armazenamento de outros produtos, como algodão e café, o que reduz a capacidade para se guardar os grãos a 20,8 milhões de toneladas, ou o equivalente a 2/3 da safra atual. Faltam armazéns, portanto, para 1/3 da safra de grãos.

Comercialização - Para superar isso, normalmente, a comercialização é feita de maneira rápida e eficiente pelo Porto de Paranaguá, mas isso impede também que a agricultura paranaense segure sua produção para aproveitar circunstâncias de melhores preços, elevando a renda auferida pelos produtores rurais. Neste ano, o problema da falta de armazéns foi agravado pelo fato de que parte da produção da safra de milho e trigo de 2008/2009 ainda não foi comercializada e está ocupando espaço aonde deveria entrar a nova safra. O que leva a situações como a Coopavel, de Cascavel, no Oeste paranaense, ter de abrigar em pátios, debaixo de lonas improvisadas, cerca de 45 mil toneladas de soja da sua produção deste ano.  Há ainda outro componente neste quadro: neste ano estão faltando caminhões para um deslocamento rápido da safra em direção ao porto de Paranaguá.

Programa - Por solicitação do governador Orlando Pessuti, e para evitar que este quadro se acentue nos próximos anos e prejudique um setor fundamental para a economia do estado, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) está lançando um programa de ampliação da capacidade armazenadora  cujos juros variam de 5,5% a 10% fixos ao ano, com prazos de pagamento de até 96 meses e carência de 36 meses com um nível de participação do BRDE em até 100% das necessidades de financiamento. O programa foi lançado nesta quarta-feira (05/05) na Escola do Governo em Maringá.

Crédito rural - Para o caso específico de produtores rurais e cooperativas de produtores rurais, os juros do programa podem variar de 1% a 6,75% ao ano, financiando todos os itens relacionados aos sistemas de armazenagem como máquinas e equipamentos e obras civis, de forma conjunta ou isolada. (Imprensa BRDE)

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