ALIMENTOS: Perdigão investirá R$ 70 mi em Castro

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A cidade de Castro, nos Campos Gerais, deve abrigar a mais nova unidade da Perdigão no Paraná. O investimento de R$ 70 milhões será destinado para processar carne bovina empacotada para exportação. As informações foram dadas ontem pelo prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PMDB). A Perdigão não se pronunciou sobre o investimento. Hoje serão divulgados os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano, que têm impacto direto na avaliação das ações na Bolsa de Valores de São Paulo.

Início das obras - As obras devem começar em janeiro e a previsão é de que estejam concluídas até o final do ano. Segundo o prefeito, essa é apenas a primeira fase de um projeto que ainda tem mais duas etapas. Fadel não soube precisar quais são os próximos planos da Perdigão para a unidade. A fábrica deve processar a carne vinda dos frigoríficos recentemente adquiridos pela empresa. O resultado do abate de 100 mil bois por mês será a matéria-prima para a unidade. A previsão é de que sejam criados 800 empregos, entre diretos e indiretos.

Incentivos fiscais - Fadel conta que soube do interesse da empresa em instalar uma nova unidade no estado e procurou a Perdigão para oferecer incentivos fiscais. A princípio, conta o prefeito, a intenção da empresa era instalar a fábrica o mais perto possível do Porto de Paranaguá. Mas a proximidade com outra unidade fabril que funciona em Carambeí, além de fatores como mão-de-obra, logística e os próprios benefícios oferecidos, definiram a escolha. A prefeitura ofereceu terreno, terraplanagem e isenção fiscal de IPTU. A empresa tem instalações no município. Há dois anos investiu cerca de R$ 42 milhões em uma incubadora de aves.

Trajetória - A Perdigão passou a ter força no mercado paranaense a partir de 2000, quando adquiriu 51% do capital da divisão de produtos feitos a partir da carne da Batávia. Depois comprou os 49% restantes, preservando a marca Batavo. Em 2006, a Perdigão entrou no segmento de lácteos com a aquisição de 51% da Batávia. No primeiro semestre deste ano, a empresa fundada em Santa Catarina há 73 anos exportou o equivalente a R$ 1,5 bilhão.

Números - Com receita bruta de R$ 6,1 bilhões registrada em 2006, a companhia emprega 40 mil pessoas e atua na produção e abate de aves, suínos e bovinos e no processamento de produtos industrializados, elaborados e congelados de carne, além da fabricação de linhas de massas prontas, tortas, pizzas, folhados, vegetais congelados e margarinas. Seu mix abrange mais de 400 produtos. Nos últimos 10 anos, registra crescimento médio anual de 22% em receitas e 13% em volumes. (Gazeta do Povo)

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