ALIMENTOS II: Brasil é privilegiado, diz professor

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O professor da Universidade Federal do Paraná e da Faculdade de Administração e Economia (FAE), de Curitiba, agrônomo e economista Eugênio Stefanello, é um daqueles que acreditam que o Brasil é um dos países mais privilegiados quando se trata de produção de alimentos. ''O Brasil é diferente porque tem potencial produtivo, aproveita menos do que pode, mas ainda assim faz o suficiente para seu consumo e para a exportação.''

Clima - Segundo o professor, o Brasil é o único país continental com eixo principal norte-sul, o que garante que tenha todos os climas. ''Tem a possibilidade de produzir quase tudo'', destaca. Dos 850 milhões de hectares do País, Stefanello diz que 530 milhões têm potencialidade para a agropecuária. Atualmente são aproveitados 355 milhões de hectares em 5,2 milhões de estabelecimentos. Desse volume, 172 milhões de hectares estão destinados a pastagens e 76,5 milhões para culturas temporárias e permanentes.

Água - Além disso, o professor ressalta que o País tem 19% da população na zona rural e é o único com sobra de água. No caso da agricultura, Stefanello diz que o Brasil depende da importação de apenas um produto, o trigo. A previsão é de se produzir 3,8 milhões de toneladas, quando o consumo estimado é de 10,3 milhões de toneladas. Nos outros principais grãos - soja, milho, feijão e arroz - o Brasil garante o consumo e ainda exporta. Do mesmo modo, acontece com a carne. ''É totalmente auto-suficiente e o maior exportador do complexo'', salienta. Para o professor, a falta de alimentos e os preços mundiais em alta têm explicações ''bem simples e lógicas''. Segundo Stefanello, os primeiros culpados são os países desenvolvidos, que, entre os anos 1960 e 2000, adotaram política de proteção a seus produtores e a seus mercados, valendo-se de subsídios. (Agência Estado)

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