AGRICULTURA III: Valor Bruto da Produção agropecuária do Paraná cresce 26%

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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento anuncia a primeira versão do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária para 2007 que projeta um faturamento bruto de R$ 32,5 bilhões pela produção agrícola e pecuária paranaense. Esse valor corresponde a uma elevação de 26% sobre o faturamento obtido em 2006, quando o VPB atingiu R$ 25,78 bilhões. A renda bruta da agropecuária influencia na arrecadação de mais de 70% dos municípios paranaenses que têm a base de suas economias voltadas para a agropecuária.


Tendência de crescimento
- Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, com a confirmação do crescimento da safra 2007/08, o incremento da pecuária e o aumento geral dos preços agropecuários nos mercados interno e externo, o VBP mantém a tendência de crescimento também para 2008. Bianchini destacou que o quadro econômico para a agropecuária no primeiro semestre deste ano confirma a tendência de crescimento do faturamento bruto para produção agrícola.


Milho e soja - Os grãos de verão como milho e soja continuam liderando o faturamento da produção agrícola paranaense, com 34% de participação sobre o volume total produzido no Estado. Em 2007, o VBP desse setor atingiu R$ 11,06 bilhões, um acréscimo de 41,7% sobre a safra 2006, cujo faturamento bruto alcançou R$ 7,8 bilhões naquele ano. Incidiu nessa valorização tanto o aumento nos preços dos grãos como o volume de produção, que saltou de 22,34 milhões de toneladas de grãos de verão na safra 05/06 para 27,22 milhões de toneladas na safra 06/07.


Hortaliças - O grupo das hortaliças, outro setor que está crescendo em produção e valor, atingiu faturamento bruto de R$ 1,57 bilhão, que equivale a uma elevação de 22% sobre a produção anterior, que atingiu R$ 1,28 bilhão. Nesse setor, também cresceu a área plantada e os preços estão melhores. O crescimento mais significativo da produção de hortaliças ocorreu na Região Metropolitana de Curitiba, Litoral e Norte do Paraná.

Pecuária - O grupo da pecuária, liderado pelas aves de corte, teve um incremento de 22% sobre o ano de 2006 e atingiu faturamento bruto de R$ 12,11 bilhões em 2007. Os produtos florestais, que têm 9,6% de participação no VBP, arrecadaram R$ 3,11 bilhões, valor apenas 1% superior ao ano anterior. O VBP da fruticultura demonstra que o setor está avançando, passando de uma participação de 2,2% da produção total para 2,4%. "Isso demonstra que está havendo investimentos", disse o secretário. Em 2007, a fruticultura faturou R$ 788 milhões. Já as flores representam a menor arrecadação do VBP,com R$ 47 milhões.


Regiões - Por região, a que mais cresceu em faturamento foi a Oeste do Estado, que passou de um VBP de R$ 4,6 bilhões para R$ 6,4 bilhões, elevação de 39,2% em função do crescimento da produção e da valorização dos grãos. Em seguida vem a região Norte, com 23,45% da produção do Estado, que passou de R$ 5,57 bilhões na safra 05/06 para R$ 7,6 bilhões na safra 06/07,um aumento de 36,79%. A região Sudoeste, onde predomina a Agricultura Familiar, avançou 31,23%, passando de um faturamento de R$ 3,36 bilhões para R$ 4,41 bilhões. Essa região tem 13,57% de participação no VBP do Estado. O faturamento bruto da região Noroeste avançou de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,8 bilhões, um aumento de 16,95%. E o VBP da região Centro-Oeste cresceu 33,95%, passando de R$ 1,35 bilhão em 2006 para R$ 1,8 bilhão no ano seguinte.

Região Sul - Mas é a produção da região sul que tem a maior participação do VPB do Estado, com 29%. O faturamento bruto avançou de R$ 8,48 bilhões para R$ 9,42 bilhões em função da valorização do milho, soja e o incremento à pecuária leiteira. O município de Toledo tem o maior VBP estadual, com R$ 798 milhões, seguido por Cascavel com R$ 507 milhões e Castro com R$ 493 milhões. O município com menor participação é o de Pinhais, com R$ 845 mil.


Municípios - Os resultados obtidos no Valor Bruto da Produção da Agropecuária vão incidir na composição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e no ICMS arrecadado. Assim, 25% do valor arrecadado sobre a circulação de mercadorias e serviços de transporte e de comunicação (ICMS arrecadado pelos municípios) deve retornar aos municípios. E a produção agropecuária tem peso de 8% na composição desse índice, explicou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni. Por determinação legal, essas informações são encaminhadas à Secretaria da Fazenda e publicadas no Diário Oficial do Estado até o dia 30 de junho, como índice provisório. As prefeituras têm 30 dias corridos para impugnar o índice, que fará parte da composição do FPM. No prazo de 60 dias, serão publicados os índices definitivos. (AEN)

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