AGRICULTURA II: Coodetec apresenta novo sistema para controlar buva

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A Coodetec - Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - apresenta uma conquista decisiva para os proprietários de mais de quatro milhões de hectares da região Sul, hoje infestados pela buva (Conyza bonarienses e Conyza canadensis), planta daninha que pode comprometer até 40% da safra de soja. Trata-se do sistema de manejo de buva resistente em soja, que está sendo apresentado no Show Rural Coopavel 2010. O sistema utilizará uma ferramenta alternativa e menos agressiva para o meio ambiente. Além da soja convencional, transgênica RR, a partir de agora, a Coodetec passa a contar com soja STS (Soja Tolerante a Sulfoniluréias). "Pesquisamos uma solução para o controle de buva, ampliando o uso de herbicidas do grupo sulfoniluréias (grupo químico de herbicidas) em plantio direto da soja", explica o diretor executivo da Cooperativa, Ivo Marcos Carraro. Ele lembrou ainda que a tecnologia STS é de livre utilização, sem cobrança de royalties e que o agricultor sempre deve buscar a orientação de um engenheiro agrônomo. 

Demonstração - A Coodetec apresenta, em sua área demonstrativa, três variedades de soja convencionais e três RRs, com a tecnologia STS. Essas variedades, que já estão disponíveis para a Safra de 2010/2011, contem um gene que aumenta a degradação do herbicida na planta, proporcionando alta tolerância, além de garantir o potencial produtivo. "Além das vantagens competitivas em relação à produtividade, sanidade e adaptação às diferentes condições regionais, a Coodetec cumpre sua missão, agregando a estes cultivares um diferencial aguardado pelos produtores. As novas alternativas de herbicidas que poderão ser aplicados representam economia e maiores níveis de eficiência", explica o presidente da Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues. Ele destaca ainda que o sistema viabiliza a manutenção do processo de plantio direto nas áreas infestadas, o que não estava mais ocorrendo, com prejuízos à conservação do solo e do meio ambiente.

As primeiras cultivares - As cultivares CD 236RR(STS), CD 249RR(STS) e CD 250RR(STS) toleram a aplicação de glifosato e sulfoniluréias recomendadas. As cultivares CD216(STS), CD 224(STS) e CD 252(STS) toleram apenas as sulfoniluréias recomendadas. Destaque para a cultivar CD 236RR, precoce, de alto potencial produtivo, elevado peso de grãos e tolerância aos nematóides formadores de galhas. Segundo o gerente do programa de melhoramento de soja da Coodetec, Marco Antonio Rott de Oliveira, este é apenas o resultado da primeira fase da inovação. "Ao mesmo tempo que o acesso a tecnologia aumenta e beneficia as lavouras, é comum aparecerem novos problemas de pragas, doenças e plantas daninhas, que acabam se tornando resistentes a determinados tipos de herbicidas. Estamos, constantemente, apresentando soluções para garantir a produtividade da lavoura, mantendo estáveis, nossas cultivares", ressalta Oliveira.

A buva, um drama - Há alguns anos, a buva não tinha importância expressiva para a sojicultura. Era uma planta daninha secundária. "Quem preocupava mesmo era a guaxuma, o picão preto, o leiteiro, o papuã, o milhã entre outras", lembra o pesquisador Dorival Vicente, também do programa melhoramento de soja da Coodetec. Segundo ele, devido ao cultivo intensivo (soja e milho safrinha), falta de manejo pós-colheita, bem como de rotação de culturas, a buva se alastrou rapidamente pelo Sul do Brasil. A planta daninha produz até 200 mil sementes viáveis por planta e dissemina com facilidade pelo vento, em até 80 km. Seu nome vulgar é "voadeira". Para enfrentar o problema, o agricultor costuma combinar herbicidas, com um custo até três vezes maior que o habitual.  Ainda assim, nem sempre o resultado é eficiente e a produtividade pode ser comprometida. "A buva compete com a soja em nutrientes, luz e água, além de dificultar a colheita e aumentar a umidade e as impurezas", observa Dorival.

Sobre a Coodetec - A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - Coodetec é uma empresa de base tecnológica voltada à agricultura, 100% nacional e de propriedade exclusiva dos 180 mil agricultores filiados às 34 mais destacadas cooperativas de produção do Brasil. Formada por uma rede complexa de ensaios, um departamento de pesquisa estruturado, com modernos laboratórios de biotecnologia, entomologia, fitopatologia, sementes e solos. O resultado de tudo isso é o grande diferencial: sementes de milho, soja e trigo de alta qualidade e adaptadas a diferentes climas e solos, com mais rendimento e menos risco.  A Coodetec trabalha forte para identificar as demandas do agricultor, bem como as exigências de mercado. É por isso que apresenta uma diversidade de sementes com tolerância às principais pragas e doenças, além de estabilidade de produção. Dessa forma, proporciona também segurança alimentar e cuidado com o meio ambiente. Essa contribuição à sociedade é fundamental para uma empresa como a Coodetec, que pratica os princípios cooperativistas. (Imprensa Coodetec)

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