2004 promete ser melhor do que o de 2003

A economia brasileira apresenta, neste momento, indicadores bem mais favoráveis que os verificados em dezembro de 2002, e principalmente projeções mais otimistas para 2004. A expectativa é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,55%, ante os 0,3% esperados para 2003. Cabe, aqui, um destaque especial com relação ao Produto Interno Bruto, já que no setor agropecuário o PIB em 2003 terá um crescimento de 12,63%, destoando dos demais setores, que apresentam decréscimo. Para 2004, segundo projeções do BNDES, a expectativa de crescimento do PIB agropecuário é de 4,6%, menor portanto do que o verificado este ano, mas acima da taxa de 3,5% esperada para o PIB nacional.  

A taxa de inflação, para 2004, projetada pelo Banco Central é de 6,0% (IPCA) e a taxa de juros medida pela Selic de 14%. A inflação (IPCA) em 2003 deverá ficar em 9,1 % e a taxa Selic em 16,5%. Comparando esses números com os verificados no final de 2002 e nos primeiros meses de 2003, ? inflação de 25,31% em dezembro de 2002 (IGPM) e taxa Selic 26,5% em abril deste ano, a situação é bem melhor. Mesmo comparados com os números do final deste ano, IGPM 8,71% e taxa Selic 16,5%, o que se observa é um processo contínuo de melhora dos indicadores.

A taxa de câmbio que esta encerrando o ano na casa de R$ 2,90, deverá chegar a R$ 3,20 no final de 2004, conforme previsões do Banco Central. A previsão para o saldo comercial é de US$ 19,0 bilhões, ainda expressivo, mas menor do que o verificado em 2003 de mais de US$ 24,6 bilhões. Essa expectativa de menor saldo comercial se deve a perspectiva de aumento das importações, em especial de bens de capital e matérias-primas para fazer face ao crescimento da economia.

Projeções dos principais indicadores econômicos para 2004

Fontes: Banco Central, MB Associados, Conab e agentes financeiros.