UNICAMPO: Cooperativa busca novas parcerias de intercooperação

Com 16 anos de atuação, a Unicampo- Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Agronomia, com sede em Maringá, noroeste paranaense, conta atualmente com um total de 3600 associados, entre engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e agropecuários, zootecnistas, engenheiros florestais, veterinários, entre outros. Além de agregar profissionais experientes, a Unicampo também representa uma oportunidade de promover a inserção de excluídos do mercado, de acordo com o presidente Nivaldo Barbosa Mattos que esteve na sede da Ocepar nesta quarta-feira (15/07), em Curitiba, em visita ao presidente do Sistema, João Paulo Koslovski. Ele estava acompanhado do gerente administrativo da cooperativa, José Willani da Silva . "Na Unicampo, o recém-formado com dificuldade de encontrar emprego pode ter essa oportunidade. Inclusive, ele vai poder prestar serviço para uma empresa, para uma multinacional, para uma agroquímica ou para uma cooperativa, recebendo uma remuneração acima até do piso da categoria", afirmou.  "É um profissional que vai estar sendo inserido no mercado de trabalho através do cooperativismo de trabalho, com chances de adquirir experiência e ter acesso a uma estrutura que vai propiciar oportunidade de crescimento. E aquele profissional que, por idade, ou algum outro motivo, foi excluído do mercado de trabalho, também tem essa oportunidade, porque no sistema cooperativista de trabalho não faz essa diferenciação. Assim, ele vai poder prestar assessoria por meio da cooperativa", acrescentou Nivaldo.

Intercooperação - Segundo Nivaldo, a finalidade é buscar novas parcerias com cooperativas paranaenses. De acordo com ele, a Unicampo tem interesse em estreitar relacionamento com as cooperativas agropecuárias. "Nós temos uma parceria importante com a Cocamar, que ajudou a constituir a Unicampo. Temos ainda parceria com a Unimed, que nos fornece os planos de saúde com um preço muito competitivo  e mantemos ainda uma parceria muito forte com o Sistem Sicredi e estamos querendo aprofundar mais isso, até mesmo dentro do que vem propondo a Ocepar ", afirmou o gerente administrativo, Willani. "Nós estamos á disposição para atender as demandas das demais cooperativas, visita-las para realmente fazermos a intercooperação", completou Nivaldo.

Flexibilidade - Mesmo se associando à Unicampo, os profissionais têm a liberdade de exercer seu trabalho por meio de outras empresas, embora a maioria tenha preferido se manter vinculada à cooperativa. "Nós temos muitos associados que continuam como sócios da cooperativa mas estão prestando serviço a alguma empresa ou multinacional porque ele enxerga que pode, em algum momento, voltar a atuar novamente através da cooperativa dele. Nós até vemos isso com bons olhos. Não é necessário que o cooperado exerça 100 % do seu trabalho através da cooperativa", explica Nivaldo. Em caso de desligamento, a cooperativa garante o acesso à conta capital do cooperado. "A Unicampo sempre remunerou a conta capital do cooperado em 12%, que é o limite máximo que a lei permite. Havendo sobras, em primeiro lugar, elas são utilizadas para remunerar a conta capital. Temos ainda um fundo de contingência, um fundo rotativo, que recebe 50% das sobras, que depois de dois anos, volta para o associado. Em 2009, nós recebemos as sobras relativas a 2008 e o fundo rotativo de 2006. Foi quase um milhão e duzentos mil reais", informa Nivaldo.

Serviços oferecidos - A Unicampo atua no Brasil inteiro, fornecendo prestação de serviço ligada à assistência técnica ao crédito, atendimento às agroquímicas, regularização fundiária (processos de georreferenciamento junto  ao Incra) e processos de Sisleg, no Paraná, realizados junto ao IAP para fazer a regularização ambiental dos imóveis. Dois terços do quadro da cooperativa são formados por engenheiros agrônomos, conforme o estatuto social. Um terço é destinado aos demais profissionais vinculados à área, como técnico agrícola, engenheiro florestal, zootecnista, engenheiro agrícola, veterinário, técnico agropecuário, e eventualmente, biólogos.

Transparência - De acordo com Nivaldo, ainda há preconceito por parte de órgãos como Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e de outras empresas públicas em relação a cooperativas de trabalho. "Nós estamos trabalhando para melhorar cada vez mais essa imagem. A Unicampo é uma cooperativa de profissionais que funciona há 16 anos. Foi fundada em 16 de novembro de 1992. E não é multifuncional. É de uma área específica e nós prezamos muito em seguir os conceitos do cooperativismo. O cooperado tem a livre opção de se associar no momento que ele desejar e pode se desligar também quando quiser", ressaltou. "Somos muito transparentes também com as prestações de contas. Realizamos nossas assembléias, temos no nosso Conselho Fiscal atuante, temos uma auditoria externa que a cada dois anos, sendo que a empresa que faz esse trabalho é substituída nesse período. A prestação de contas e o balancete mensal ficam disponíveis pela internet, mas também são entregues para o cooperado em qualquer momento que ele quiser ter acesso", diz o presidente da Unicampo.