Romano Czerniej deixa legado cooperativista na história da Copacol

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copacol 01 12 2025Romano Czerniej, sócio-fundador e ex-presidente da Copacol, faleceu nesse domingo (30/11), deixando um grande legado de cooperação para o cooperativismo, impulsionado o desenvolvimento de Cafelândia (PR) e região. A determinação em momentos decisivos deu os primeiros passos da cooperativa rumo ao progresso, tornando-se uma referência de liderança do Paraná.

Romano esteve à frente da Copacol, entre 27 de fevereiro de 1972 e 19 de março de 1983, período em que a cooperativa iniciou sua fase de maior expansão estrutural, produtiva e organizacional. Ele também foi diretor da Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), em 1990, na gestão de Wilson Thiesen, e de 1991 e 1993, na gestão de Ignácio Aloysio Donel.

Despedida

O velório foi realizado na Câmara de Vereadores de Cafelândia. O sepultamento também será realizado no município, às 11h desta segunda-feira (01/12).

História na Copacol

Quando assumiu a presidência, em 1972, a cooperativa vivia um momento sensível. Com determinação, Romano conduziu um novo ciclo de esperança e progresso, impulsionado pela mecanização agrícola, pelo crédito rural e pela entrada de novos cooperados. A crescente demanda exigia estrutura, e sua gestão respondeu com investimentos estratégicos.

Foi nesse período que a Copacol projetou e construiu uma nova unidade equipada com balança, classificação, armazém graneleiro para 300 mil sacas, armazém de insumos e escritório, estrutura que permanece como sede da cooperativa até os dias atuais.

A partir de 1974, com a alteração do estatuto que instituiu mandatos trianuais, Romano liderou a expansão regional da Copacol, inaugurando entrepostos de recebimento e armazenagem em Nova Aurora, Formosa do Oeste e Jesuítas, ampliando a presença da Cooperativa e fortalecendo o atendimento ao quadro social.

Um dos marcos mais significativos da gestão de Romano foi a decisão de diversificar as atividades da Copacol. Em 1979, ele apresentou pela primeira vez à Assembleia Geral a proposta que se tornaria o Complexo Integrado Avícola. Após estudos de viabilidade, o projeto foi detalhado em 1980, iniciando uma transformação que consolidaria a Copacol como referência nacional.

Sob sua liderança, foram construídos matrizeiros, incubatório, fábrica de rações, aviários integrados e o abatedouro de aves. A fábrica de rações entrou em operação em 1981, e em 5 de maio de 1982 foi realizado o primeiro abate de frangos da história da Cooperativa, com capacidade inicial de 1,5 mil aves por hora.

Também na sua gestão foi construído o escritório-sede em Cafelândia e instalada a unidade de Universo, reforçando a infraestrutura administrativa.

Sua última visita à Copacol foi nas festividades dos 60 anos da cooperativa, no tradicional corte de bolo, ao lado dos demais sócios-fundadores.

Trajetória

Natural de Santa Rosa (RS), Romano mudou-se para Cafelândia em 1957 com o irmão Henrique, atuando inicialmente no setor madeireiro, responsável pela madeira usada na construção das primeiras casas da cidade. Casado com Cecília, teve seis filhos: Clóvis (in memoriam), Marlene (in memoriam), Cláudio (in memoriam), Célia (in memoriam), Ivone e Rosângela.

Além de cooperativista, Romano desempenhou importante papel político, sendo eleito prefeito de Cafelândia por dois mandatos consecutivos (1997-2000 e 2001-2004). Sua atuação pública colaborou decisivamente para o desenvolvimento do município, onde viveu até seus 89 anos.

Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, destaca a relevância histórica de Romano para a cooperativa. "O legado de Romano é parte indissociável da história da Copacol. Em um período desafiador, ele acreditou na força da cooperação e guiou a cooperativa rumo ao desenvolvimento. Sua dedicação e seu compromisso com os cooperados abriram caminhos que seguimos até hoje. Somos profundamente gratos por tudo o que construiu e por sua contribuição ao cooperativismo regional."

A trajetória de Romano Czerniej permanece como exemplo de liderança, trabalho e visão de futuro. Sua história segue viva não apenas na estrutura e na evolução da Copacol, mas também na memória de todos que tiveram a oportunidade de conviver com ele ou de serem beneficiados por sua atuação.

A cooperativa expressa sua solidariedade à família, amigos e comunidade, reconhecendo a grandeza de seu legado e a marca indelével que deixou na Copacol e em Cafelândia.

Da mesma forma, o Sistema Ocepar lamenta a perda de Romano e expressa condolências à sua família e amigos. (Com informações da Assessoria de Imprensa Copacol)

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