REUNIÃO INSTITUCIONAL: Sistema Ocepar promove 68º encontro virtual com gestores da Cooperaliança
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O Sistema Ocepar promoveu, na tarde desta terça-feira (17/08), a 68ª reunião institucional virtual deste ano com representantes da Cooperaliança, entre conselheiros, diretores, gerentes e funcionários, liderados pelo presidente da cooperativa, Edio Sander. “Esse encontro é realizado basicamente para verificar os indicadores econômicos e financeiros da cooperativa, com base nos cenários obtidos por meio do agrupamento de informações do Sistema de Autogestão, ressaltou o coordenador de Monitoramento, João Gogola Neto, na abertura. Ele lembrou ainda que, desde março de 2020, as reuniões têm ocorrido no formato on-line, devido à pandemia, o que tem oportunizado a participação de mais profissionais do Sistema Ocepar nos debates organizados com as cooperativas, inclusive da diretoria executiva da entidade. A reunião desta terça-feira, por exemplo, teve a presença do superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti.
Relevância - “Obrigado ao time da Cooperaliança, que hoje está em peso aqui, por nos receber, mesmo que virtualmente. Para nós, do Sistema Ocepar, essas reuniões são bem importantes. Nós temos participado sempre que possível, devido à relevância desse trabalho, que começou na década de 1990, com o Programa de Autogestão, e que nos possibilita ter informações de todas as 218 cooperativas atualmente registradas conosco”, afirmou Mafioletti.
Bom desempenho - Mafioletti lembrou que o bom desenvolvimento do cooperativismo paranaense ficou evidenciado com o encerramento, no final do ano passado, do PRC100, o planejamento estratégico do setor, superando a meta financeira de R$ 100 bilhões. Em 2020, as cooperativas do Paraná atingiram faturamento de R$ 115,7 bilhões. “Agora, lançamos o PRC200, que visa buscar R$ 200 bilhões de movimentação econômica”, acrescentou.
Atuação - O superintendente destacou ainda outras frentes de atuação do Sistema Ocepar ligadas a várias áreas, como infraestrutura, com o acompanhamento da definição sobre o novo modelo de concessão das rodovias paranaenses; agronegócio, verificando as necessidades de viabilização de mais recursos para as cooperativas por meio do Plano Safra; e tributária, em que estão sendo monitorados os projetos de reforma em tramitação no Congresso Nacional, com o objetivo de assegurar o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. Ele falou ainda sobre os debates iniciais visando a implementação de um projeto de intercooperação em produção de carnes, com o envolvimento de cooperativas de diferentes regiões do Estado. “Vamos estudar essa ideia com bastante cautela”, frisou. Mafioletti também parabenizou a Cooperaliança pela inauguração do frigorífico próprio, que possibilita à cooperativa atuar em toda a cadeia produtiva de carne. “Estamos bem animados com o trabalho da Cooperaliança, que tem sido feito com muita seriedade”, finalizou.
Nova unidade industrial - Sander disse que este ano está sendo bastante desafiador para a cooperativa, especialmente devido à recente implantação da Unidade Industrial, cuja capacidade de abate é de até 320 cabeças/dia. ‘É um negócio totalmente diferente do que nós vínhamos fazendo antes”, frisou. Ele contou que a Cooperaliança está se adaptando ao novo negócio e enfrentando, adicionalmente, o ciclo de alta da pecuária de corte, caracterizado principalmente pelos preços valorizados da arroba do boi tanto no mercado interno como externo, favorecendo mais os exportadores do produto, além da restrição na oferta de animais para o abate e margens mais baixas. “Atualmente nosso frigorífico está operando com 25% da capacidade. Acreditamos que no último trimestre do ano vamos entrar num ritmo normal, com toda a estrutura montada. O processo está se encaminhando e, nos próximos anos, pretendemos crescer bem e atingir os nossos objetivos”, disse.
Remuneração dos cooperados - Ainda de acordo com Sander, apesar da atual realidade do mercado de carne bovina, a cooperativa tem procurado manter uma boa remuneração aos cooperados. “A cooperativa abriu mão da margem para remunerar melhor o produtor porque nós não conseguimos repassá-la para o mercado, já que os preços da carne estão no limite. O consumidor médio está migrando para outras proteínas animais, deixando de comprar a carne bovina. Por outro lado, estamos repassando 3% a mais de margem para os cooperados, porque eles também estão passando por uma situação difícil, tanto na compra de bezerros como com o custo da ração”, afirmou. Sobre o projeto de intercooperação, o presidente da Cooperaliança avalia que há potencial para a realização de um trabalho conjunto entre as cooperativas paranaenses nesse segmento.
A cooperativa - Localizada no Distrito de Entre Rios, em Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado, a Cooperaliança é uma cooperativa dedicada à produção de carnes nobres, predominantemente bovina, mas com oferta da ovina também, disponíveis em diversos pontos de venda no Paraná. Ela possui atualmente 170 cooperados e 186 funcionários. No ano passado, atingiu faturamento de R$ 162,52 milhões, valor 25,4% superior aos R$ 129,6 milhões alcançados em 2019. A cooperativa projeta encerrar 2021 contabilizando R$ 205 milhões de faturamento.
Apresentações - Na reunião institucional desta terça-feira (17/08), o coordenador de Monitoramento, João Gogola Neto, apresentou aos participantes o cenário consolidado do cooperativismo paranaense e do ramo agropecuário, referente a 2020. Já o analista Emerson Barcik repassou as informações referentes aos indicadores econômicos e financeiros da Cooperaliança e os cenários comparativos com outras cooperativas do mesmo ramo e região. Ao final, ele discorreu ainda sobre o portfólio de programas e ações do Sescoop/PR disponíveis para as cooperativas do Paraná. Também participaram do encontro os coordenadores Devair Mem e Rogério Croscato, especialistas da área tributária.