OPINIÃO: A prática da intercooperação
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Desde 1998, o debate sobre as tendências internacionais do cooperativismo tem ocorrido com o objetivo de discutir as principais novidades e mudanças em todo o mundo. Uma das tendências desse cooperativismo contemporâneo é a formação de redes cooperativistas, que tratam a intercooperação como passo fundamental para o futuro do negócio cooperativista. Sua importância está na parceria entre as cooperativas e em dividir os trabalhos e os bônus da atividade. Competitividade, ganho de escala na comercialização, agregação de valor, profissionalização da administração cooperativa e maior fidelização dos associados são fatores essenciais à prática da intercooperação. Embora esteja se consolidando como uma tendência moderna inclusive entre empresas comerciais e já faça parte da história e dos princípios cooperativistas, a intercooperação no Brasil ainda é prática incipiente no sistema cooperativo. Muitas vezes as cooperativas desconhecem em sua própria cidade outras cooperativas com as quais poderiam realizar negócios que fomentariam suas atividades e, por conseguinte, a do sistema cooperativista. Os poucos exemplos de intercooperação devem servir para outras cooperativas como mecanismo de ampliar seus negócios e, enfim, buscar melhores resultados para atender os anseios de seus cooperados. É oportuno avaliar os benefícios que advirão do relacionamento de uma cooperativa com outra, do intercâmbio comercial, da união de objetivos, ações que certamente trarão vantagens econômicas e mercadológicas mútuas e, na esteira destas, o fortalecimento do cooperativismo como um todo. (Jornal CooperAção/Ocemg) (*) Presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e Sescoop-MG. |