O papel transformador das cooperativas como negócio 2.5

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*Leandro Macioski

Um modelo de negócio tem chamado a atenção por conciliar, de maneira equilibrada, lucro e impacto social e ambiental: o dos negócios 2.5. O conceito de negócios 2.5 é inovador porque equilibra a busca por resultados financeiros e sociais. Portanto, esse tipo de negócio se qualifica como “caminhos de passagem” genuíno entre o capital e o impacto social.

Nessa perspectiva, essas abordagens são economicamente viáveis, além de contribuírem para a sociedade e os negócios. Em última análise, a combinação de lucro econômico e transformação social torna os negócios 2.5 mais éticos e mais conscientes.

Ao contrário das empresas mercantis, as cooperativas trabalham alinhadas com seus princípios, com um o espírito colaborativo e participativo de seus membros, e com uma gestão voltada à responsabilidade social. As cooperativas introduziram práticas inovadoras e sustentáveis em suas operações, trabalhando diretamente com as comunidades locais, traduzindo-se em um incentivo para promover o desenvolvimento econômico inclusivo. Esta é a marca deste modelo: a sinergia da viabilidade econômica e o comprometimento com impactos positivos nas suas comunidades e entornos, denunciando sua condição híbrida e seu status como negócios 2.5.

A administração democrática das cooperativas, sustentada na participação ativa e em igualdade na voz dos associados, converge com as práticas empresariais do setor 2.5, as quais aliam propósitos econômicos e sociais para criar um efeito positivo. Ao passo que as cooperativas promovem transparência, igualdade e engajamento direto dos membros nas tomadas de decisão, garantindo que a sustentabilidade financeira se torne um instrumento para intensificar o impacto social.

*Leandro Macioski é gerente de Desenvolvimento Humano do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop/PR)

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