Conflito no grupo de CAIRNS
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Mercosul unido - Para o Brasil, o Grupo de Cairns não é a única carta para defender seus interes-ses na negociação, mas quer preservá-lo porque é uma aliança que de toda maneira pode somar. No meio das divergências, o Brasil tem se empenhado em tentar manter o Mercosul junto, o que tampouco é fácil. Argentina, Paraguai e Uruguai não dão subsídio doméstico à agricultura e, com isso, os argentinos, prin-cipalmente, têm posições maximalistas. Há duas semanas, as dificuldades já tinham se manifestado no grupo de exportadores sobre a proposta de acesso ao mercado (como cortar tarifas, cotas etc). Três países não assinaram a proposta do grupo: o Canadá, a Malásia e a Indonésia. Os indonésios, por exemplo, que-riam excluir arroz, açúcar, soja e milho da lista de produtos que devem sofrer redução tarifária. Os outros países, como o Brasil, não aceitaram.
Subsídios internos - Agora, as divergências se repetem sobre o corte de subsídios internos. Na Rodada Uruguai, as subvenções foram repartidas em três "caixas" Na "verde", os países colocam todos os subsídios permitidos, que não distorcem o comércio, como pesquisa, infra-estrutura, reforma agrária, cestas básicas etc.Na "caixa azul" estão os subsídios que distorcem o comércio, mas que ficaram isentos de disciplinas porque estão atrelados a medidas de controle de oferta. E na "caixa amarela" estão os sub-sídios que distorcem o comércio, sujeitos a disciplinas e tetos máximos por país. Estes são esses os únicos subsídios monitorados, e portanto os que os países membros da OMC podem reclamar se os limites forem ultrapassados, como pretende o Brasil na briga do algodão com os Estados Unidos.