Sistema OCB se manifesta sobre adiamento da Lei Antidesmatamento
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O Sistema OCB se manifestou, na quarta-feira (02/10), em relação à proposta da Comissão Europeia de adiar o prazo de implementação da Lei Antidesmatamento, que impacta diretamente produtos importantes da pauta de exportação brasileira. O novo prazo sugere que a aplicação das regras seja prorrogada para dezembro de 2025, no caso de grandes empresas e, para junho de 2026, para micro e pequenas empresas.
O Brasil, com papel decisivo nas negociações internacionais, levantou as preocupações dos produtores e garantiu uma adaptação mais justa às novas exigências. Agora, a proposta aguarda análise final pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, com expectativa de aprovação até o fim deste ano.
A lei, originalmente prevista para barrar a compra de produtos como soja, carne, café e madeira oriundos de áreas desmatadas após dezembro de 2020, gerou inquietação no Brasil devido ao curto prazo para adaptação. Graças ao empenho do governo brasileiro e entidades representativas, como o Sistema OCB, foi enviada uma carta oficial solicitando a prorrogação da medida.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o adiamento da Lei é um passo importante nas negociações internacionais que envolvem o Brasil e a União Europeia. "Para o cooperativismo brasileiro, essa extensão de prazo oferece uma oportunidade para que nossos produtores possam se adaptar às novas exigências sem comprometer suas operações”, afirmou.
Ainda segundo ele, o pedido não altera o engajamento do cooperativismo com as questões ambientais. “Temos responsabilidade com a sustentabilidade e o cumprimento das regras, mas é fundamental que esse processo ocorra de forma justa e equilibrada, com respeito ao tempo necessário para ajustes. O diálogo aberto que tivemos até agora mostra que é possível conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental”, completou. (Sistema OCB)