MEIO AMBIENTE II: América Latina perde espaço no mercado de créditos de carbono

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A América Latina não está aproveitando seu potencial na venda de direitos de emissões poluentes, perdendo terreno para a China e a Índia, segundo um relatório do Banco Mundial apresentado ontem(26/10) em Pequim.  Nos primeiros nove meses deste ano, a China ocupou a maior fatia deste mercado, com 60%, seguida pela Índia, que subiu de 3% no ano passado para 15%.  Em terceiro lugar vem a América Latina, com 9%, liderada como sempre pelo Brasil (4%). O percentual da região ficou bem abaixo dos 19% do ano passado.  “Não se pode falar de uma queda porque o volume de vendas foi mais ou menos o mesmo. Mas a China e a Índia registraram um enorme crescimento” disse Karan Capoor, um dos autores do relatório, apresentado durante a Expo Carbono Ásia 2006.

Potencial não explorado - A falta de unificação do mercado latino-americano, os trâmites complicados e a exclusão de alguns países, como a Venezuela, são apontados como as causas principais da estagnação da região.  “Em seu conjunto, a América Latina tem um potencial parecido com o da China. Mas há grandes diferenças entre os países da região, e os processos para validar os projetos são mais lentos” explicou o subdiretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da companhia elétrica espanhola Endesa, José Casas.  Segundo a experiência da companhia, disse, Chile e Brasil são os países melhor organizados neste mercado.  O Protocolo de Kioto, que entrou em vigor em 2005 com a adesão de 156 países, estabelece várias ferramentas para reduzir as emissões dos seis gases que causam o efeito estufa. O dióxido de carbono representa mais de 70% do total.  (Zero Hora).

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