BALANÇO SOCIAL: MEIO AMBIENTE - PARTE XXXV

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Reafirmando o respeito aos princípios do desenvolvimento autossustentado, as cooperativas realizam ações em benefício do meio ambiente para melhorar as condições de sustentabilidade dos setores onde atuam. Para execução dessas ações, elas interagem com os órgãos governamentais, sociedade, organizações não-governamentais, funcionários e cooperados, aprimorando processos através da educação ambiental e da aplicação de tecnologias modernas de uso do solo, tratamento e destinação de resíduos, redução da emissão de poluentes, reflorestamento de áreas para fins energéticos e de preservação. A gestão ambiental faz parte da cultura das cooperativas.  Veja nesta edição e nas próximas também o que as cooperativas paranaenses realizam nesta e outras áreas. Todas as matérias aqui veiculadas estão na integra na edição nº 54 da revista Paraná Cooperativo e que pode ser acessada de forma virtual em nosso site: www.ocepar.org.br.

CASTROLANDA - IMPLANTAÇÃO DE BIODIGESTORES

A cooperativa incentiva a implantação de biodigestores nas propriedades dos associados. Além de eliminar a poluição causada ao meio ambiente por dejetos de suínos ou bovinos, o produtor pode transformar os dejetos em adubo orgânico, gás metano e reaproveitar a água em atividades como irrigação de cultura ou na limpeza das granjas. Outra boa vantagem é a abertura do mercado de créditos de carbono, criados para recompensar projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Os países em desenvolvimento são os que têm o maior potencial de geração desses créditos  e a suinocultura é a atividade agropecuária com maior potencial. O dejeto do suíno lança no ar o metano, gás que é 23 vezes mais poluente do que o gás carbônico.

Efluentes líquidos › Outro foco de atuação é a preservação do meio ambiente através da redução de emissão de efluentes líquidos. O processo de tratamento visa reduzir a emissão de substâncias poluentes na atmosfera. Na Unidade Produtora de Leitões (UPL) a estação de tratamento já tem um ano, com o funcionamento do biodigestor. Os dejetos dos suínos se transformam em resíduos sólidos (adubo), o líquido em fertilizante e biogás ou em produto gasoso (alternativa de energia elétrica). A Usina de Beneficiamento de Leite e a Unidade de Batata Frita também investiram na implantação da estação de tratamento.

Captador de partículas › A adequação às leis ambientais já é realidade na Unidade de Piraí do Sul com as novas tecnologias do sistema de captação de material particulado (constituído por poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho).

A emissão desse material acontece durante o recebimento, descarregamento de produtos agrícolas como soja, milho ou trigo e também no transporte desses produtos. Aplicado o sistema em Piraí do Sul a intenção é dar continuidade no programa, com a implantação dessa tecnologia em todas as unidades de recebimento, secagem e armazenagem de produtos agrícolas da Cooperativa. 

CASTROLANDA - REFLORESTAMENTO

Investir em florestas, além de uma grande alternativa econômica, contribui para o equilíbrio ambiental. Por conta destas vantagens a Castrolanda adquiriu novas áreas para reflorestamento. Mais de 200 hectares serão destinados às florestas e produção de sementes de eucalipto.A cooperativa implantou de forma pioneira na região a Área de Produção de Sementes de eucalipto (APS) (Eucaliptus dunnii) com o objetivo da autossuficiência em material genético de ponta e de fornecer a associados e também para a região fria sementes beneficiadas de origem conhecida.

Mata ciliar › Outra importante iniciativa voltada ao meio ambiente é o termo de cooperação entre o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), a Sema (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e as cooperativas Castrolanda e Batavo firmado com o objetivo de recompor a mata ciliar dos Campos Gerais. No termo, a Castrolanda propõe ao Estado o plantio de 30 mil mudas no ano. O órgão ambiental é o responsável pelo fornecimento das mudas, produzidas em viveiros do Programa Mata Ciliar. As cooperativas devem organizar os plantios.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Oferecer aos cooperados informações sobre preservação ambiental que possam ser praticadas nas propriedades rurais, visando o desenvolvimento da agricultura sustentável na região. Este é o objetivo do Programa Mata Viva, desenvolvido pela Castrolanda em parceria com a BASF. Em 2009, por conta da comemoração a Semana do Meio Ambiente, alunos do ensino médio e fundamental dos municípios de Castro e Piraí do Sul participaram entre os dias 25 de maio e 5 de junho de ações em educação Ambiental do Programa Mata Viva. A iniciativa levou para as crianças entretenimento e informação sobre responsabilidade socioambiental.  As ações do Programa Mata Viva foram realizadas através de espetáculos teatrais e oficinas de arte e reciclagem, com as quais as crianças tiveram noções de educação ambiental de forma lúdica. Os espetáculos foram feitos duas vezes ao dia e cerca de 2.500 crianças participaram do evento.

COOPERTRADIÇÃO - PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Cooperativa Agropecuária Tradição - Coopertradição,  firmou um Termo de Compromisso objetivando a produção de mudas de eucalipto e a recuperação de áreas degradadas, que estão sendo produzidas junto ao Viveiro Florestal Regional do IAP em Pato Branco. A parceria, que começou no ano de 2006, previa inicialmente a produção de 120 mil mudas de eucalipto, com a finalidade de proporcionar a preservação do meio ambiente, como também mais uma atividade econômica, pois após cinco ou seis anos, atingirão 15 metros e poderão ser usadas como lenha na secagem de grãos. Até o final do segundo semestre do ano de 2009, a Coopertradição entregou aos produtores rurais associados mais de 1 milhão de mudas de eucalipto e meio milhão de mudas de árvores nativas. A cooperativa cede gratuitamente as mudas aos produtores, que em contrapartida se comprometem em fazer a preservação da mata ciliar e das fontes e nascentes existentes em sua propriedade, com mudas nativas oferecidas pelo IAP. Outra vantagem para o produtor é que poderá vender a lenha para a própria Coopertradição, além de praticar a diversidade de cultura, destinando terras para o reflorestamento do eucalipto.

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