REPRODUÇÃO: Pesquisadores tentam fazer 1º animal clonado do PR
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Foi realizada em Maringá uma experiência inédita no Estado. Pesquisadores fizeram a primeira clonagem de um animal. O experimento teve a participação do médico e especialista em reprodução humana, Carlos Gilberto Almodin, e do pesquisador do Instituto de Agricultura e Ciências da Dinamarca, Gabor Vatja, considerado um dos maiores especialistas em congelamento, clonagem e reprodução do mundo. O experimento foi realizado nos laboratórios do Centro de Biotecnologia do Centro Universitário de Maringá (Cesumar). Durante dois dias, cerca de 70 pesquisadores em reprodução humana e animal fizeram experimentos e trocaram informações sobre novas tecnologias e clonagem. Segundo Almodin, a vinda do pesquisador dinamarquês foi fundamental para o experimento da clonagem. Ele trouxe equipamentos e novas técnicas que possibilitaram o experimento. ''No Brasil estamos engatinhando em relação à clonagem e essas informações serão fundamentais para o desenvolvimento de novas pesquisas'', destacou. Ele explicou que foram retiradas células de três vacas e um bezerro para fazer o experimento da clonagem. Se o resultado for positivo, o embrião será colocado no útero de uma vaca no dia 4 de novembro. Ela será usada para gerar o clone, que nascerá dentro de nove meses.
Técnica - ''Nossa intenção não é fazer o clone. Na verdade, não sabemos se o resultado será positivo. O importante aqui é apreendermos com o processo e criarmos protocolos para esse tipo de pesquisa'', afirmou Almodin. Durante os dois dias que os pesquisadores estiveram reunidos, Almodin também apresentou o Vitri-Ingá, usado para vitrificação de óvulos para serem utilizados no futuro. O equipamento foi desenvolvido pelo médico durante seis anos e hoje apresenta resultados melhores que os aparelhos usados para realização do processo em todo mundo. De acordo com o médico, enquanto o outro processo garante 60% de chance de sucesso, com o Vitri-Ingá esse número sobe para 92%. o custo também teve uma queda significativa. ''O custo cai de cerca de R$ 2.800,00 para algo em torno de R$ 300,00'', esclareceu o médico.
Anos de pesquisa - Ele lembra que foram seis anos de pesquisas até ter resultados positivos. Para o pesquisador dinamarquês, Almodin deveria exportar para Europa, em razão dos bons resultados e também do baixo custo. ''Com o aparelho é possível ampliar as pesquisas nesse setor'', argumentou. Durante essa semana, os pesquisadores vão acompanhar o experimento para analisar os resultados. Eles esperam que tudo ocorra com sucesso e no próximo ano possam anunciar o nascimento do primeiro clone no Paraná. (Folha de Londrina)