UFPR e Sistema Ocepar firmam parceria para impulsionar inovação agroindustrial no Paraná
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O lançamento oficial do Food Valley Paraná, realizado nesta sexta-feira (24/10) na sede do Sicredi Vale do Piquiri, em Palotina, marcou o início de uma aliança estratégica entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Sistema Ocepar, com apoio das principais cooperativas agroindustriais do Oeste do Estado. A cerimônia reuniu lideranças do cooperativismo, gestores públicos e pesquisadores, consolidando o compromisso conjunto de transformar a região em um polo de referência em tecnologia e inovação no agronegócio.
O lançamento do Food Valley Paraná contou com a presença de autoridades do meio acadêmico, cooperativista e financeiro. Compuseram a mesa o reitor da UFPR, Marcos Sunye, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, o presidente do Sicredi Vale do Piquiri, Jaime Basso, e o professor Carlos Eduardo Zacarkim, diretor de Desenvolvimento e Integração dos Campi da UFPR, um dos idealizadores da iniciativa. Durante a manhã, Luis de Bona, pró-reitor de Planejamento e Dados da UFPR, apresentou a proposta do Food Valley aos presentes.
“É uma oportunidade, para nós, do Centro de Computação Científica e Software Livre [C3SL], aplicarmos nosssa expertise em resolver problemas reais e de grande porte, dentro de domínios especializados, como o agronegócio. O C3SL tem essa vocação de oferecer soluções com foco em problemas de interesse da sociedade, sempre visando a soberania nacional. No caso do Oeste do Paraná, isso passa necessariamente pela produção cooperada de alimentos”, concordou Marcos Castilho, coordenador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da UFPR. O C3SL será o executor da parceria entre UFPR e Ocepar.
Parceria entre universidade e cooperativas
O reitor da UFPR, Marcos Sunye, afirmou que o Food Valley representa um passo concreto na aproximação entre a universidade e o setor produtivo, com foco em desafios reais do agronegócio. Ele ressaltou o papel da UFPR como parceira estratégica, destacando o potencial científico e tecnológico da instituição. “Temos equipamentos de última geração, que podem e devem ser utilizados pelas cooperativas. Nosso objetivo é unir o conhecimento acadêmico à capacidade produtiva regional”, declarou.
Sunye reforçou que a iniciativa é fruto de uma postura institucional mais aberta, colaborativa e voltada à inovação aplicada. Segundo ele, a UFPR quer “convencer os pensadores a se debruçarem sobre os problemas complexos do setor produtivo” e oferecer soluções que aumentem a competitividade das cooperativas. “A universidade está diferente, mais integrada e disposta a diversificar suas fontes de financiamento. Queremos contribuir com o desenvolvimento do Estado e colocar nossa estrutura à disposição da sociedade”, completou.
Compromisso do cooperativismo paranaense
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou em sua fala o papel do cooperativismo paranaense como motor econômico e social do Estado. Ele lembrou que as cooperativas respondem por quase dois terços da produção de grãos e metade da proteína animal do Paraná, e que a parceria com a UFPR representa a oportunidade de transformar esse desempenho em inovação sustentável. “Essa aproximação entre cooperativas e universidade vai trazer uma realidade mais organizada e eficiente. Temos um modelo que dá certo e agora podemos potencializá-lo com base científica e tecnológica”, afirmou.
Ricken também ressaltou a mudança de cenário na relação entre academia e cooperativismo, elogiando a gestão da UFPR por sua abertura e sensibilidade às demandas do setor produtivo. “Vivemos uma fase em que a universidade está mais próxima, dialogando conosco e oferecendo conhecimento aplicado. Precisamos usar essa estrutura e esses equipamentos de ponta para avançar em inteligência artificial, automação e sustentabilidade”, destacou. O dirigente encerrou sua participação com entusiasmo: “Estamos diante de uma oportunidade histórica, mais do que otimismo — é entusiasmo pelo que está por vir”.
Sicredi: anfitrião e articulador regional
O presidente do Sicredi Vale do Piquiri, Jaime Basso, abriu o evento destacando o caráter histórico da parceria e o orgulho em sediar o lançamento do Food Valley Paraná. Em seu discurso, Basso afirmou que a união entre cooperativas, universidade e instituições financeiras simboliza uma nova fase para o agronegócio do Oeste do Paraná, baseada em inteligência coletiva e inovação tecnológica. “Quando reunimos toda essa inteligência que já existe na região e conseguimos agir em conjunto, todos ganham com isso”, disse, ressaltando que o desenvolvimento tecnológico gera prosperidade e qualidade de vida para as comunidades locais
O dirigente também enfatizou o papel do cooperativismo como força de coesão e transformação regional. Ao convidar os presentes a conhecerem as instalações do Sicredi em Palotina, Basso destacou o investimento contínuo da instituição em infraestrutura e tecnologia. “É uma imensa honra receber este lançamento e contribuir para a construção de um futuro mais próspero e sustentável. O Sicredi estará sempre junto, seja o Vale do Piquiri, o Progresso, a Vanguarda ou a Aliança, porque acreditamos no desenvolvimento coletivo”, completou.
Um marco para o desenvolvimento regional
Durante a cerimônia, Sunye e Ricken assinaram o Memorando de Entendimento que formaliza a criação do hub de inovação, com foco em pesquisa aplicada, biotecnologia, sustentabilidade e economia de dados. A iniciativa é coordenada pelo professor Carlos Zacarkim, diretor de Desenvolvimento e Integração dos Campi da UFPR, e contará com a participação de docentes, estudantes e técnicos da universidade, em parceria com as cooperativas da região.
O Food Valley Paraná, idealizado no campus da UFPR em Palotina, nasce como um ecossistema de inovação aberto, voltado a desenvolver soluções tecnológicas para o agronegócio e para o fortalecimento das economias locais, reforçando o papel do cooperativismo como motor do desenvolvimento sustentável do Estado. (Assessoria de Imprensa UFPR)