GRÃOS: USDA mantém projeções para estoques globais

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graos 12 12 2012Conforme esperado pelo mercado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve praticamente inalterada suas projeções para os estoques mundiais de grãos nesta temporada 2012/13. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA informou nesta terça-feira (11/12) que os estoques de milho deverão somar 117,61 milhões de toneladas ao fim da temporada, apenas 380 mil toneladas a menos do que o estimado em novembro. Já os estoques de soja foram projetados em 59,93 milhões de toneladas, uma redução também marginal, de 90 mil toneladas. Já os estoques de trigo foram elevados em 2,7 milhões de toneladas (1,6%), para 176,95 milhões.

Queda - Em relação à safra 2011/12, trata-se de uma queda de 10,2% nos estoques de milho, 7% nos de soja e 9,6% nos de trigo, um reflexo da estiagem que castigou as lavouras dos EUA.

Reação tímida - No mercado futuro, a reação foi tímida. Pouco após a divulgação do relatório, os contratos de milho, soja e trigo mais negociados em Chicago registraram pequenas variações. "De modo geral, as estimativas vieram dentro do esperado. Mudanças para valer podem aparecer apenas em janeiro, quando as estimativas refletirem melhor as condições da safra sul-americana ", afirma Flávia Moura, analista da corretora Newedge USA.

Quadro apertado - "Não houve nenhuma grande alteração, mas achei interessante que o estoque de soja tenha diminuído mais um pouco e que o de milho não tenha crescido, como alguns esperavam. O quadro de oferta e demanda continua muito apertado", ponderou Steve Cachia, analista da Cerealpar.

América do Sul - O USDA manteve inalteradas suas previsões para a colheita na América do Sul. Contudo, a safra na região está apenas entrando em seu período mais crítico de desenvolvimento, quando o clima é determinante. Por ora, a expectativa é que Brasil e Argentina colham uma safra recorde de soja, de 81 milhões e 55 milhões de toneladas, respectivamente - um crescimento de 21,8% e 34,1%. Em relação ao milho, o Brasil deve colher uma safra 4,1% menor, de 70 milhões de toneladas. Para a Argentina, o USDA espera um aumento de 30,9%, para 27,50 milhões. (Valor Econômico)

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